Foto: Jarbas Araújo/Alepe
A reunião ordinária da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), realizada nesta quarta-feira (25), teve como foco a Portaria Nº 1.129/2017 do Ministério do Trabalho e Emprego. O texto, assinado pelo ministro Ronaldo Nogueira, restringe o conceito de trabalho escravo e altera as regras de fiscalização, considerando situação análoga à escravidão apenas quando houver impedimento da liberdade de locomoção do trabalhador. Na prática, deixa de fora os casos em que ocorrem a presença de situações degradantes, jornadas exaustivas ou servidão por dívida.
A portaria do governo federal foi rebatida pelos parlamentares. Para o deputado Lucas Ramos (PSB), presidente da Comissão de Administração Pública, a atitude do Ministério do Trabalho enfraquece direitos do cidadão. “Não podemos aceitar mais essa ameaça ao trabalhador brasileiro. Os pernambucanos mostrarão que estão na defesa da liberdade e permaneceremos vigilantes para evitar arbitrariedades que abrem um precedente perigoso nas relações trabalhistas e atacam a dignidade humana”, afirma.