Os problemas sociais e eclesiais da região Pan-Amazônica - o pulmão do mundo, com floresta tropical de 5,5 milhões de quilômetros quadrados - será objeto, daqui a dois anos, de uma Assembleia especial, em Roma, do Sínodo dos bispos. O
anúncio foi feito neste domingo pelo Papa, confirmando rumores da Cúria, que alguns meses atrás já abordamos nestas páginas.
A reportagem é de Luigi Sandri, publicada por Trentino, 16-10-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.
A Amazônia é dividida entre nove países - Brasil, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa, mas pertence principalmente aos três primeiros. Apesar das diferenças entre os Estados, existem algumas constantes que caracterizam a região: do ponto de vista social, inteiras populações são forçadas a deixar as terras onde viveram durante séculos para das espaço a companhias multinacionais que, para explorar as florestas ou abrir minas, por bem ou por mal, desalojam os antigos habitantes; e, do ponto de vista eclesial, naquelas terras - isoladas ou de difícil acesso - existem comunidades que vêem um padre apenas uma ou duas vezes por ano. Apresentando o próximo Sínodo "especial" (ou seja, dedicado a uma região particular do mundo), Francisco explicou: "O principal objetivo desta convocação é identificar novos caminhos para a evangelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente os indígenas, muitas vezes esquecidos e sem a perspectiva de um futuro sereno, em parte por causa da crise da floresta amazônica, pulmão de capital importância para o nosso planeta".