Mozart Neves Ramos: "a larga maioria das escolas não tem banda larga, laboratórios tecnológicos. Então temos uma escola do século XIX, um professor do século XX e um aluno do século XXI." (Foto: Ricardo Lima/Divulgação)
O péssimo desempenho dos alunos na prova de redação do Enem, o desalento dos jovens chamados "nem-nem" (nem trabalham nem estudam) e os altos índices de evasão escolar no ensino médio são exemplos de problemas atuais da educação do jovem brasileiro que têm origem em um mesmo gargalo: a incapacidade das escolas em motivar, atrair e dialogar com os jovens.
A entrevista é de Ligia Guimarães, publicada pelo jornal Valor, 05-03-2015.
A avaliação é de Mozart Neves Ramos, engenheiro químico pernambucano que se tornou especialista em educação e atualmente ocupa o cargo de diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna. "Temos uma escola do século XIX, um professor do século XX e um aluno do século XXI", afirma.
Doutor em química pela Unicamp e reitor da Universidade Federal de Pernambuco entre 1996 e 2003, Mozart tem grande experiência na área educacional. Foi secretário estadual da Educação de Pernambuco e membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), além de diretor-executivo do movimento Todos Pela Educação e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior.