Lançado este ano, o Água Doce atende, atualmente, a 100 mil pessoas por meio de 150 sistemas de dessalinização espalhados pela região. A meta do governo é atender a um quarto da população do Semiárido, o equivalente a 2,5 milhões de pessoas, até 2019.
Alguns desses sistemas, porém, vão além de apenas oferecer água potável às pessoas. Algumas comunidades, cujos poços têm maior vazão, contam com o chamado Sistema de Produção Integrado, no qual a água resultante do processo de dessalinização que, normalmente, é jogada fora, contaminando o solo, é aproveitada. A água imprópria para o consumo humano, chamada de concentrado, é usada na criação de tilápias em dois tanques. Os peixes são vendidos à população e a renda é revertida para manutenção do próprio sistema.
Outro tanque recebe uma água rica em matéria orgânica, a que foi usada na criação dos peixes. Ela é destinada à irrigação de uma planta chamada erva-sal, usada na produção do feno, que alimenta cabras. É esse sistema sustentável de produção que vai passar a funcionar em Santana do Ipanema. O sistema existe desde junho de 2012 na comunidade de Timbaúba, no município de Cacimbinhas, também em Alagoas.