O voto aberto na apreciação dos vetos presidenciais foi aprovado no final de 2013. Na primeira votação nesses moldes, em dezembro, foram mantidos os três vetos da pauta.
Para críticos da mudança, o voto secreto, no caso de vetos, seria uma forma de os parlamentares se protegerem de possíveis pressões do governo. No entanto, o próprio autor do texto, senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), discorda. Segundo ele, com a votação aberta, é mais difícil um parlamentar mudar o posicionamento assumido durante a tramitação na Câmara e no Senado.
– Nós tivemos 312 deputados e 53 senadores que votaram a favor desse projeto. Se tivessem mantido a votação secreta, talvez alguns mudassem de posição por pressão, mas agora o voto vai ser aberto – pondera o senador.
Eduardo Suplicy (PT-SP), por outro lado, lembra que a apresentação de novos argumentos na ocasião do veto pode influenciar os parlamentares. Para ele, os parlamentares podem, sim, mudar de opinião, independentemente de pressões.
– O importante é que, seja o voto aberto ou fechado, cada um vote sempre de acordo com sua consciência – disse o senador, que não deve participar da votação porque estará em missão oficial no Irã.
Despesas