No dia 4 de novembro a Petrobras promete começar a processar, oficialmente, os primeiros barris de petróleo na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. Na próxima quarta-feira atraca no Porto de Suape o navio nº 1 trazendo óleo bruto para iniciar os testes de refino na unidade. Maior e mais caro empreendimento da história pernambucana (orçado em US$ 20 bilhões), a Rnest era um sonho acalentado desde a década de 50, quando o padre francês Louis Lebret esteve por aqui para elaborar um plano de desenvolvimento para o Estado. Ao longo de 8 anos de construção, a megaobra enfrentou um turbilhão de problemas. Ao entrar em operação, a unidade vai contribuir para o aumento da capacidade de refino do País.
A Abreu e Lima é a 14ª refinaria construída pela Petrobras no Brasil e a primeira depois de um longo intervalo de 34 anos sem inaugurar uma nova planta. Hoje o País tem capacidade de refinar 2,1 milhões de barris por dia e faz projeção de alcançar 3,3 milhões em 2020 para atender ao ritmo de crescimento da demanda. A expansão do refino vai permitir um melhor suprimento do mercado brasileiro de derivados. As regiões Norte e Nordeste, por exemplo, dependem da importação.
A refinaria pernambucana terá capacidade para processar 230 mil barris de petróleo por dia. Desse total, 70% será destinado à produção de diesel. O restante vai se transformar em outros derivados como gasolina, gás liquefeito de petróleo/GLP (o gás de cozinha), nafta, querosene, coque e combustível marítimo (bunker). A pedido do JC, o professor-doutor dos cursos de Engenharia Química e Engenharia do Petróleo da Faculdade Boa Viagem/DeVry, Leonardo Maciel, explicou como se dá o processo de refino do petróleo. O processo se divide em três etapas: destilação, conversão e tratamento