A jovem morreu oito dias após tomar uma dose da vacina da Pfizer contra a Covid, e o caso foi investigado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo.
"As análises técnicas indicam que não é a vacina a causa provável do óbito e sim à doença identificada com base no quadro clínico e em exames complementares, denominada "Púrpura Trombótica Trombocitopênica" (PPT)", disse em nota a pasta, após análise conjunta realizada com 70 pesquisadores.
Segundo o estado, a PTT é "uma doença autoimune, rara e grave, normalmente sem uma causa conhecida capaz de desencadeá-la, e não há como atribuir relação causal entre PTT e a vacina contra COVID-19 de RNA mensageiro, como é o caso da Pfizer", afirmou a secretaria.
Em 15 de setembro, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Nacional recebeu do Cievs de São Paulo a informação de um rumor em grupos de WhatsApp de que um óbito envolvendo uma adolescente de 16 anos estaria relacionado à aplicação da vacina Pfizer.
Como a jovem havia tomado a primeira dose da vacina contra a Covid oito dias antes da morte , o protocolo, nesses casos, é o de que haja uma apuração para entender se a vacina teve ou não alguma relação com o óbito.
O Ministério da Saúde recomendou a suspensão da aplicação da vacina em adolescentes sem comorbidades, mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a posição da recomendar a vacina à categoria, visto que não havia nenhuma relação, até o momento, entre a morte e o imunizante.
Na quinta-feira (16), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu a restrição e mencionou "casos sob investigação": "Por enquanto, por questão de cautela, temos eventos adversos a serem investigados, temos adolescentes que tomaram vacinas que não estavam recomendadas, temos que acompanhar", disse.