Na Rural, três grupos de trabalho foram criados para discutir cada eixo do Future-se. Foto: Tarciso Augusto/Esp.DP.
Primeiro programa do governo Bolsonaro para a educação, o Future-se foi lançado com o objetivo de “fortalecer a autonomia administrativa, financeira e da gestão das universidades e institutos federais”. Duas semanas depois do anúncio oficial, as instituições que serão diretamente afetadas pelo programa ainda analisam a proposta. Em Pernambuco, nenhuma instituição confirma se vai aderir ou não. Reitores criticam a falta de participação na concepção do projeto e especialistas enfatizam que a produção científica só pode ser mantida com mais investimento público. Segundo eles, é preciso garantir a constitucionalidade, uma vez que o artigo 207 da Constituição Federal assegura “autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial” às universidades.
Uma consulta pública sobre o assunto, dividida em duas etapas, está aberta até o próximo dia 15 pela internet. Na primeira fase, o participante pode escolher três opções a cada capítulo: “totalmente claro”, “claro com ressalvas” e “não está claro”. Há espaço para incluir comentários por escrito no fim de cada capítulo. Na segunda etapa, o participante pode ainda utilizar um campo de texto para fazer comentários gerais sobre o tema e enviar propostas.