Ilona é conhecida por sua posição contrária à flexibilização do porte de armas.
Bolsonaro foi eleito com a flexibilização do acesso a armas entre suas principais promessas
Laís Alegretti e Eric Camara
De Brasília e Londres para a BBC News Brasil
A escolha de uma suplente para um conselho pouco popular e com cargo sem remuneração colocou à prova a força de Sergio Moro. Considerado inicialmente um ministro com superpoderes, o resultado foi que ele teve que ceder à pressão de grupos de direita nas redes sociais.
O recuo foi em relação à nomeação de Ilona Szabó, diretora-executiva do Instituto Igarapé, como suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
Vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o conselho tem 26 componentes, entre titulares e suplentes, e tem como função implementar novas diretrizes criminais e carcerárias.
A nomeação foi publicada no Diário Oficial na quarta-feira. Na noite do dia seguinte, a desistência foi anunciada, após repercussão negativa nas redes sociais entre eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ilona é conhecida por sua posição contrária à flexibilização do porte de armas.
Ilona também se posiciona contra a redução da maioridade penal para 16 anos - que, segundo ela, não é capaz de reduzir a quantidade de crimes. Em relação à política de drogas, Ilona defende a legalização de drogas e diz que as atuais condições são prejudiciais à sociedade brasileira e argumenta que falta um programa de saúde adequado para lidar com esse público.
Este e outros episódios vividos por Moro nos dois primeiros meses de governo confrontam a versão de que ele teria carta branca para atuar, opinam cientistas políticos ouvidos pela BBC News Brasil.
"O Moro acha que pode mudar as coisas como quer, como quando era juiz, mas não pode. Ele está ligado a um governo de extrema direita e que defende o armamento", disse a cientista política Vera Lucia Chaia, professora da PUC-SP.
De Brasília e Londres para a BBC News Brasil
A escolha de uma suplente para um conselho pouco popular e com cargo sem remuneração colocou à prova a força de Sergio Moro. Considerado inicialmente um ministro com superpoderes, o resultado foi que ele teve que ceder à pressão de grupos de direita nas redes sociais.
O recuo foi em relação à nomeação de Ilona Szabó, diretora-executiva do Instituto Igarapé, como suplente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
Vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o conselho tem 26 componentes, entre titulares e suplentes, e tem como função implementar novas diretrizes criminais e carcerárias.
A nomeação foi publicada no Diário Oficial na quarta-feira. Na noite do dia seguinte, a desistência foi anunciada, após repercussão negativa nas redes sociais entre eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ilona é conhecida por sua posição contrária à flexibilização do porte de armas.
Ilona também se posiciona contra a redução da maioridade penal para 16 anos - que, segundo ela, não é capaz de reduzir a quantidade de crimes. Em relação à política de drogas, Ilona defende a legalização de drogas e diz que as atuais condições são prejudiciais à sociedade brasileira e argumenta que falta um programa de saúde adequado para lidar com esse público.
Este e outros episódios vividos por Moro nos dois primeiros meses de governo confrontam a versão de que ele teria carta branca para atuar, opinam cientistas políticos ouvidos pela BBC News Brasil.
"O Moro acha que pode mudar as coisas como quer, como quando era juiz, mas não pode. Ele está ligado a um governo de extrema direita e que defende o armamento", disse a cientista política Vera Lucia Chaia, professora da PUC-SP.