Uma carta de 47 páginas, escrita à mão de dentro do complexo penal e entregue à Justiça e à força-tarefa da Lava Jato, reativou, no início deste ano, uma apuração aberta em 2016 sobre um suposto "regime especial" paralelo na ala 6 da unidade, desde a chegada "dos Lava Jato" - como este grupo é chamado pelos demais presos. Ao todo, a carta enumera 27 "fatos" - supostas ilegalidades ou infrações disciplinares - que beneficiariam o grupo.
Outros centros prisionais já apuraram casos de regalias envolvendo políticos presos. Em Brasília, uma ação da polícia no domingo passado apontou benefícios ao ex-senador Luiz Estevão, no presídio da Papuda. No início do ano, o ex-governador Sérgio Cabral foi retirado do presídio de Benfica, no Rio, por ter acesso a comidas especiais e sala de cinema, entre outros privilégios. Cabral e Estevão negam.