As famílias que disputam fatias do território alagoano, mantém o clima de coronelismo e aterrorizam as populações do interior de Alagoas preocupam as autoridades da Justiça Federal, Estadual, Ministério Público Federal e Estadual. Apesar de faltar um ano para os 2 milhões de eleitores (2.146.520) voltarem às urnas e elegerem o futuro presidente da República, governador, dois senadores, nove deputados federais e 27 deputados estaduais, a Justiça Eleitoral já dá como certo o uso de tropas federais para reforçar a segurança pública nos locais onde as disputas políticas são marcadas por pistolagem, fraudes, intimidações e aliciamento de eleitores.
Os membros dos Tribunais de Justiça e Regional Eleitoral já discutem, nos bastidores das cortes, o clima de tensão em cidades do Sertão, Agreste, Zona da Mata e no baixo São Francisco. Curiosamente, famílias tradicionais que se mantém no Poder e comandam eleitores em sistema de “cabresto” nestas regiões percebem que podem ser “destronadas”. Essas famílias querem se manter a todo custo na política e estão dispostas a tudo.
Os desembargadores da Justiça de Alagoas estão atentos, percebem as movimentações inclusive de cabos eleitorais, pedem calma às famílias, recomendam civilidade, espírito republicano e se preparam para visitar os eleitores, como sempre fazem em período pré-eleitoral.