A falta de informação é um dos principais fatores de risco da doença (Foto: Divulgação)
Diabetes tipo 2 será a próxima epidemia global - é o que consideram os especialistas. Para se ter uma ideia, segundo o Ministério da Saúde, entre 2006 e 2016, os casos da doença aumentaram em 61,8% no Brasil. No mundo, já são mais de 387 milhões de diabéticos, e a expectativa é que esse número aumente em 150%. A diabetes é uma doença crônica, que aumenta as taxas de açúcar no sangue e pode levar a complicações graves, quando não controlada. Uma dessas complicações é a retinopatia diabética, considerada a maior causa de cegueira de pessoas jovens em todo o mundo.
Dados da Sociedade Brasileira da Diabetes, de 2018, mostram que 40% dos pacientes que têm diabetes podem desenvolver a doença, uma vez que a grande maioria não sabe sobre os riscos da doença. Para o médico oftalmologista João Guilherme Oliveira de Moraes, especialista em retina e vítreo e idealizador do Retina do Bem, projeto de combate à retinopatia diabética, além da falta de conhecimento, o grande problema é que a doença é assintomática, o que faz com que muitos casos sejam diagnosticados tarde demais: “A retinopatia diabética é uma doença que não apresenta sintomas específicos e a grande maioria dos pacientes com diabetes nem sabe desse risco. Por isso, o exame periódico de fundo de olho é tão importante para pacientes diabéticos”, avalia.