Marielle e Anderson foram assassinados com balas compradas para a Polícia Federal (PF), num crime que completa sete meses sem solução. Mobilização para protesto contra destruição de placa em homenagem a Marielle recebeu 1.569 doações e distribuiu mil novas placas (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Um ato em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), morta a tiros no dia 14 de março junto com o motorista Anderson Gomes distribuiu mil placas com o nome da parlamentar neste domingo, na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro. Foi um protesto contra a destruição de uma tabuleta com o nome de Marielle, no mesmo local, por dois candidatos do PSL, no primeiro turno da campanha eleitoral. Houve protesto contra o presidenciável Jair Bolsonaro, do mesmo partido ("Ele não!)", e gritos de apoio a seu oponente, Fernando Haddad (PT) ("Haddad sim!").
"Fascistas, fascistas não passarão!", gritaram os manifestantes, exibindo as placas, no início da tarde, na capital fluminense. Havia muitas mulheres. Sem aparelhagem de som, os ativistas fizeram coros de palavras de ordem, como "Não seremos interrompidas"; "Quem mexeu com Marielle atiçou o formigueiro"; e "Os que quebraram a placa da Marielle quebraram a cara". Apesar da distribuição, os manifestantes foram instruídos a não pendurar as placas nas ruas e a guardá-las "como memória". Em uma hora, as placas acabaram.