Oficial da Aeronáutica apresenta o relatório final da investigação sobre o acidente aéreo em que morreu o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, em agosto de 2014 (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Eduardo Campos concedeu a sua última entrevista a Assis Ramalho no dia 21 de março de 2014; cinco meses antes de sua morte
Uma série de fatores pode ter determinado a queda do avião na qual morreu o ex-governador de Pernambuco e então candidato à Presidência da República, Eduardo Campos. O relatório sobre o acidente foi revelado na tarde de hoje (19) por oficiais da Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Entre os fatores que contribuíram para o acidente estão a falta de capacitação da tripulação para operar a aeronave e a escolha de uma rota fora dos padrões previstos. O acidente foi na manhã de 13 de agosto de 2014, em Santos, no litoral paulista.
De acordo com o relatório, nem o piloto Marcos Martins, nem o copiloto Geraldo Magela da Cunha tinham feito cursos para pilotar aquela aeronave, modelo Cessna 560 XL. Martins tinha curso para operar uma aeronave de modelo anterior, mas o copiloto não tinha treinamento no modelo usado no dia do acidente, nem no anterior. “A falta de conhecimento da tripulação pode ter feito com que suas ações ficassem atrasadas em relação à sequência de eventos da cabine.”
Além de não ter feito o curso para operar a aeronave, os padrões de voz do copiloto gravados durante o voo demonstraram que ele aparentava fadiga e sonolência. Além disso, em treinamentos e voos anteriores, ele havia se comportado de forma “passiva no voo”, não respondendo adequadamente a situações de emergência, assinala o relatório.