Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, destacou a importância da abertura do debate. Dirigentes afirmam que se o Executivo não revogar medidas, conteúdo tem de ser alterado.
A reportagem é de Vitor Nuzzi e publicada pela
Rede Brasil Atual - RBA, 19-01-2015.
O encontro entre quatro ministros e presidentes de seis centrais sindicais realizado nessa segunda-feira, no escritório da Presidência da República em São Paulo, para discussão sobre as medidas provisórias 664 e 665, que alteram regras para acesso a benefícios da Previdência Social, ao seguro-desemprego e ao seguro defeso (para pescadores), terminou com posições ainda distantes de um acordo.
O governo disse que pode discutir o conteúdo das MPs, enquanto os sindicalistas insistem na reivindicação de revogação das medidas. Se isso não acontecer, vão propor mudanças no texto. Mas, ao contrário do que diz o Executivo, afirmam que as medidas trazem, sim, perda de direitos.
Apesar dos argumentos do governo, o presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que as centrais não abrem mão de direitos "nem que a vaca tussa", em referência a frase cunhada durante a campanha eleitoral pela presidenta Dilma Rousseff, para garantir a preservação de direitos trabalhistas. "Também queremos discutir a nossa pauta", avisou, citando temas como fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho e correção da tabela do Imposto de Renda.