Este é o quinto monitoramento sobre o PAC Saneamento feito pelo instituto. O período de análise vai de 2009 até dezembro de 2013. Foram pesquisados empreendimentos de municípios com população superior a 500 mil habitantes. Nesta edição, além de obras de esgoto, foram incluídos também os projetos relacionados a água. No final do ano passado, esse segmento, com um total de 70 obras, contava com 27% de obras concluídas, 21% com andamento normal, 16% paralisadas, 26% atrasadas e 9% não iniciadas.
“As obras concluídas vem aumentando. Se a gente pegar as obras mais antigas, um quarto delas está concluída. Não é muito, considerando que são contratos assinados entre 2007 e 2008, mas já é um avanço”, avaliou Édison Carlos, presidente executivo do Trata Brasil. Ele destaca que o último levantamento indicava 14% de conclusão das obras de saneamento e hoje o percentual é 19%. “O problema é que metade das obras estão com atraso, paralisadas ou atrasadas. São contratos assinados há muitos anos, isso preocupa porque elas já deveriam estar concluídas”, criticou.
A pesquisa diferencia os dados do PAC Saneamento 1 e 2 e o que se observa é que o mais antigo está com 68% de nível de execução nas obras de esgoto, enquanto o PAC 2 está abaixo de 15%. Nos empreendimentos relacionados à água, o PAC 1 tem execução média de 67% e o PAC 2, menos de 5%. “A gente acredita que em mais um ano muitas obras vão ser concluídas, mas, por outro lado, as obras do PAC 2, com contratos de 2011, que deveriam ter começado e estar em ritmo adequado, nem começaram ainda”, lamentou Carlos.