Vista aérea da saudosa antiga Petrolândia, no sertão de Pernambuco Pedro, acordou, lavou o rosto fez o asseio sentindo o cheiro bom vindo do coador de pano. Tomou o café. Manteiga derretida no pão quentinho, recém colocado na mochila de pano pendurada na porta da frente; cuscuz com leite de Bela, agora puro depois da fervura ; beiju na palha, saborosamente salpicado de ouricuri, bolo de puba do brejinho de fora.
Trocou a roupa de dormir, e saiu, com de costume. Fez o trajeto: da poeirenta Av. Nossa Senhora de Fátima, a sua esquerda, adentra na Trav. D. Pedro II, chegando ofegante ao Bar da Esquina do Sr. Zé Lino, com a Av. D. Pedro II. Tomou uma bicada com lambú assada e de saída, na calçada cruzou com Pedro Doido que, calça social surrada, camisa de botão mangas curtas, alpercata velha nos pés, sempre compenetrado em seus cálculos ignora quem passa, mas ao seu cumprimento assente com a cabeça.
Apressado, Pedro ruma à Regente Feijó. É sexta, dia de feira. Na frente da delegacia bancas de roupas e calçados esperam por compradores. Na frente das lojas bolsas* boca piu vão ficando pesadas, meninos e suas carroças ajudam a carregar. Bancas armadas nos dois lados transformam a rua em passarela onde as pessoas, enquanto compram, se encontram, conversam e, às vezes, também acertam odiosas questões mal resolvidas. Há poucas opções de verduras, mas sobram mangas , pinha e umbus que as mulheres do brejinho esparramam em alvos panos forrando o chão. Junto cachimbo doce, cocada e alfenim. Faz umas poucas compras, dinheiro curto, para um dedo de prosa no bar de Afonso de Pedro Toinho.