WhatsApp é o principal meio usado para replicar mensagens que antes circulavam por outros meios. Mensagens são remodeladas ou ganham aura de novas para continuar sobrevivendo.
A pane de duas horas no WhatsApp na quarta (3) foi motivo suficiente para ressuscitar um dia depois a notícia falsa (e antiga) de que o aplicativo a partir de agora será pago. Não é verdade e não é de hoje que a história vem sendo repetida. Isso acontece há pelo menos cinco anos.
O G1 acompanha há mais de um mês as redes sociais em busca dos posts mais compartilhados pelos usuários. E percebeu que a maior parte deles é antiga. São mensagens recicladas ou repetidas como essa do WhatsApp. Os registros, bem intencionados ou não, usam termos como "espalhem" ou "compartilhem"; alguns estão há mais de uma década em circulação.
Coautor do trabalho acadêmico "Conhecer o público: a análise do consumo de notícias em grupos de Whatsapp", o mestrando Matheus Lobo Pismel, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR), afirma que o jornalismo tradicional vem sendo cada vez mais confrontado com novas formas de discurso que até duas décadas atrás não encontravam terreno fértil para circulação.