De Ulysses Guimarães a Eduardo Cunha, se acumulam as provas de que cada novo Congresso é pior do que o anterior
Com a sua experiência e inteligência política, o deputado Ulysses Guimarães cunhou o “Axioma de Ulysses”: “Um novo Congresso será sempre pior do que o anterior”, que vem sendo comprovado empiricamente, a cada nova legislatura. Mas por que nosso Congresso sempre piora?
Se um país está evoluindo, se educando e se desenvolvendo, seria lógico supor a progressiva melhora do nível dos candidatos — e dos eleitores. Não no Brasil, onde a política virou meio de vida e se tornou a forma mais fácil de ascensão social. Bastam dinheiro, legal ou não, um bom marqueteiro e boas conexões com os caciques partidários. E comprar alianças e lotes de votos. Ou ter um programa de rádio. Uma igreja. Um time de futebol.
São todos ladrões, corruptos e venais? Claro que não, há sempre uma minoria mínima de homens e mulheres honestos, preparados e qualificados, que acabam impondo alguma presença moral, e algum constrangimento, à banda podre, provocando pressões da opinião pública e impedindo maiores desastres.