Cerca de 500 peças com penas de animais silvestres foram apreendidas. Índios dizem que ação causou constrangimento e prejudicou várias etnias. (Foto: Ibama/divulgação)
“Fecharam a rua [via de acesso na feira] do estande. Fomos tratados como bandidos, como se a gente tivesse fazendo coisa errada. Levaram cocar, bracelete, brincos. Nós somos quem mais defende a natureza. Essas penas caem, a gente apanha”, explica Flávia Jaciriê, da tribo Xucuru, de Pernambuco. Segundo ela, várias etnias foram prejudicadas, de vários estados, como xucuru, fulni-ô, patachó e pankararu.
Responsável pela ação, o fiscal do Ibama Amaro César explicou que a iniciativa faz parte de uma operação nacional do Instituto chamada Moda Triste, que já existe há alguns anos, focada em coibir o comércio de decoração e artesanato com partes de animais silvestres e nativos. “Na Fenearte foi a primeira vez que encontramos produtos irregulares, mas a feira não deve ser responsabilizada”, afirmou.