sábado, fevereiro 03, 2024

Polícia Federal diz que 'Abin paralela' espionou até aliados do governo Bolsonaro

Investigação da Polícia Federal aponta que Anderson Torres foi um dos investigados por 'Abin paralela' de Jair Bolsonaro (PL) (Crédito: EVARISTO SA / AFP)

A lista de pessoas que foram espionadas ilegalmente pela 'Abin paralela' durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem aliados, ministros e até integrantes da CPMI da COVID-19. Elas foram rastreados pelo programa Firstmile, usado para apontar a localização das pessoas.

Os ex-ministros Abraham Weintraub, da Educação, e Anderson Torres, da Justiça, Flávia Arruda e o general Santos Cruz, secretários de governo, são alguns dos aliados monitorados, segundo apurado pela Band.

Os então deputados Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que apoiou a eleição de Bolsonaro em 2018, Alexandre Frota, que rompeu com o então presidente pouco após ele ser empossado, e Rodrigo Maia (PSDB-RJ), na época presidente da Câmara dos Deputados, também estão na lista.

Os senadores Otto Alencar (PSD-BA), Rogério Carvalho (PT-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Humberto Costa (PT-PE), Alessandro Vieira (MDB-SE), Renan Calheiros (MDB-AL), Simone Tebet (MDB-MS), Soraya Thronicke (MDB-MS) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) também fazem parte da seleção.

O ex-apoiador de Bolsonaro e ex-governador de São Paulo João Doria e o ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT-CE) são outros espionados.

O trabalho da Polícia Federal demora pois os dados coletados dão acesso aos números de telefone e não aos nomes. Ao todo, mais de 60 mil telefones foram acessados pelo programa.

A Polícia Federal vem fazendo uma série de operações sobre o tema. O deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem (PL-RJ) seria o responsável pelo monitoramento ilegal. O responsável, segundo apontam as investigações, é o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos).

Os dois suspeitos negam qualquer participação no esquema de espionagem ilegal.

As informações são do Estado de Minas.

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