terça-feira, setembro 19, 2023

Onda de calor faz Rio de Janeiro se igualar ao Vale da Morte, local mais quente do mundo


Reprodução Canva

Na última semana do inverno, uma nova e intensa onda de calor tem sido responsável pelas altas temperaturas no Rio de Janeiro, que foi a capital mais quente e mais seca do país na segunda-feira, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Os termômetros registraram o recorde da estação, 41 graus em Irajá, na Zona Norte. A cidade se aproximou, em temperatura, do verão no Vale da Morte, na Califórnia, nos Estados Unidos, considerado o local mais quente do mundo.

As temperaturas no Rio seguem elevadas nesta terça-feira, com mínima de 18 graus e máxima de 40 graus. Em comparação, a previsão para o Vale da Morte nesta tarde é também de 40 graus. Cercada pelo Deserto de Danakil, a cidade de Dallol, na Etiópia, é outra conhecida pelas altas temperaturas. O local chegou aos 43 graus nesta terça.

O Inmet prevê uma diminuição da temperatura no estado na quarta-feira e aponta a possibilidade de chuvas isoladas no dia seguinte. Ainda assim, os termômetros devem registrar temperaturas acima dos 30°C. O calor deve voltar com mais força na sexta-feira.
Homem usa água do chafariz para se refrescar no centro do Rio de Janeiro — Foto: Roberto Moreyra/Agência O Globo

De acordo com Andrea Ramos, meteorologista do órgão, a atuação dessa massa de ar seco e quente, que persiste e é frequente no inverno, deve manter sua influência e amplitude até o dia 24 deste mês.

— Tivemos um inverno muito quente, com as temperaturas acima da média, além do fenômeno El Niño, que também influencia por intensificar e manter a frequência dessas ondas de calor. A massa de ar quente costuma persistir, mas no caso deste ano, ela está ampla, favorecendo as altas temperaturas ao longo da semana — afirma a especialista.

Mais um dia acima de 40 graus

Segundo o meteorologista e professor da UFRJ Wanderson Luiz, no próximo domingo a temperatura do Rio de Janeiro pode, novamente, superar a casa dos 40 graus.

Diante deste cenário, o professor recomenda que a população evite exposição excessiva ao sol, especialmente entre 10h e 16h, utilize protetor solar sempre e se hidrate bastante, pois a umidade relativa do ar também ficará baixa.

O Globo

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