segunda-feira, janeiro 16, 2023

PSOL pede que deputados pernambucanos Feitosa e Meira sejam investigados por incentivar atos terroristas em Brasília

Deputado estadual e deputado federal eleito são do PL, partido do ex-presidente Bolsonaro. Pedido do PSOL se baseia em postagens nas redes (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O PSOL pediu a inclusão de mais dois deputados pernambucanos na investigação sobre a responsabilidade pelos atos terroristas de bolsonaristas criminosos em Brasília. Segundo a denúncia, o deputado estadual reeleito Alberto Feitosa (PL) e o deputado federal eleito Coronel Meira (PL) incitaram os atos criminosos contra os três poderes.

Os atos terroristas aconteceram no dia 8 de janeiro. No dia 10, o PSOL pediu investigação da deputada federal eleita Clarissa Tércio (PP) e do marido dela, deputado estadual eleito Júnior Tércio (PP). A deputada virou alvo da apuração após outro pedido, da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O novo pedido, feito pelo PSOL, precisa ser acatado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o PSOL, Alberto Feitosa publicou no Instagram “série de mensagens e vídeos incitando a participação de cidadãos na realização de atos antidemocráticos, estimulando a promoção do ódio contra as instituições democráticas, em especial a Justiça Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal”.

Uma das publicações do deputado é uma foto do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Foi por esse partido que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou se reeleger, mas foi derrotado pelo presidente Lula (PT).

A publicação de Valdemar Costa Neto tem a frase “não queremos que a eleição de 2022 seja um fantasma na história do Brasil”.

Em outra postagem, de 9 de novembro de 2022, ele teria divulgado uma foto da mensagem “SOS FFAA”, que pede intervenção das Forças Armadas, em frente ao Comando Militar do Nordeste, no Curado, Zona Oeste do Recife. No local, um acampamento golpista ficou montado até o início de janeiro.

Sobre a participação do deputado Luiz de França e Silva Meira, conhecido como Coronel Meira, o documento diz que ele “também realizou postagens incentivando a realização de atos terroristas praticados no dia 8 de janeiro” e “publicou vídeo enaltecendo também as Forças Armadas e requerendo intervenção militar”.

Na legenda, o deputado havia publicado: “URGENTE! No início da tarde desse domingo (8), manifestantes romperam o bloqueio policial e invadiram o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto”.

Depois da repercussão negativa do evento ocorrido em Brasília, o deputado realizou outras postagens, a fim de alegar, segundo o PSOL, “de maneira descabida, que as depredações do patrimônio histórico e cultural teriam sido causadas por pessoas infiltradas na manifestação”.

Além da responsabilização dos deputados, o PSOL pede a suspensão das redes sociais, a quebra do sigilo telefônico e a apreensão dos passaportes dos parlamentares.

Eles podem responder por crimes contra a paz pública e contra o Estado Democrático de Direito. Os artigos da legislação brasileira são os seguintes:

286 - incitar publicamente a prática de crime;
359 - Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito;
359 - Tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, governo legitimamente constituído.

Respostas

O deputado Alberto Feitosa se pronunciou por meio de nota e disse que está sendo alvo de "ações infundadas".

"O PSOL passou todo meu mandato e campanha fazendo ações infundadas contra mim e perdendo todas elas na justiça. Talvez seja essa a estratégia derrotada do PSOL de aparecer para seus eleitores. O resultado dessas acusações sem provas foi visto também nas urnas com 146.847 votos de confiança dos eleitores pernambucanos,, fazendo de mim o segundo deputado estadual mais bem votado no estado", afirmou.

A TV Globo também tentou entrar em contato com o Coronel Meira, que não respondeu até a última atualização desta reportagem.

g1 PE

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