Aos 25 anos, a jornalista goiana Marília Rodrigues está grávida da primeira filha. Falar do pai do bebê - um antigo amigo da infância com o qual se reencontrou há pouco mais de um ano - faz brilharem seus olhos. “Entendemos que a vida a dois é baseada no amor, na parceria, na confiança, na delicadeza dos atos e na admiração. Ele me mostra que eu sempre mereço mais. E, consequentemente, quero poder retribuir esse sentimento de querer bem, de merecimento, de amor. Não é preciso muito para ser feliz e a prova disso é a filha que a gente espera. Ela é o amor que eu sempre guardei para mim e poder dividir esse amor é incrível”, conta, emocionada.
Mas nem sempre a jornalista esteve tão feliz e realizada como hoje. De 2009 a 2014 ela se manteve envolvida em uma relação que só agora, depois de muito tempo, reconhece com firmeza: “era um relacionamento abusivo.”
Marília conta que à época não sabia ao certo o que caracterizava um relacionamento abusivo e atribuía as atitudes do namorado, noivo e, depois, marido, apenas ao ciúme. “Infelizmente, não sabia o que era um relacionamento abusivo. Para mim, abusivo de verdade era agressão física. Eu não caracterizava como abusivas atitudes como vigiar meu celular, vigiar se eu estava mesmo em casa, cronometrar o tempo do trabalho até minha casa e me acusar de estar com outra pessoa quando eu não podia atender uma ligação. Para mim e para maioria das pessoas ao meu redor, tudo não passava de ciúmes”, lembra.