Pedro Eugênio (Fotos: Assis Ramalho)
Pedro Eugênio (falecido ontem) e o deputado estadual Manoel Santos (falecido domingo passado, 19) durante reunião com líderes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolândia (STR) no mês de julho de 2014
Pernambuco perdeu uma importante referência política em conciliação, articulação no meio parlamentar e trânsito junto ao empresariado. O ex-deputado federal do PT Pedro Eugênio, 66 anos, morreu nesta segunda-feira, no Hospital de Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Ele estava hospitalizado há quase três meses, por complicações decorrentes de uma cirurgia coronariana. Há uma semana o ex-parlamentar se encontrava na UTI em estado grave e seu quatro de saúde piorou nas últimas 48 horas. O traslado do corpo para o Recife deve acontecer hoje. O velório será na Assembleia Legislativa, mas até o fechamento desta edição não tinham sido definidos o local nem o dia do sepultamento. Ele deixa a mulher, Carminha, e as filhas Marina e Renata.
Pedro Eugênio começou suas atividades políticas na década de 1970, quando, simpatizante dos integrantes do PMDB histórico, combateu o regime militar. Foi preso e torturado. Depois da Anistia, em 1979, incorporou-se à equipe do ex-governador Miguel Arraes, de quem, oito anos depois, foi secretário de Agricultura. À frente da pasta, coordenou todos os programas sociais de Arraes, como o Chapéu de Palha, o Vaca na Corda e o Promata. Pedro Eugênio ainda ocupou a Secretaria de Planejamento no segundo governo Arraes (1987-1990). Na terceira gestão do ex-governador foi secretário da Fazenda.
Seguindo os passos do líder socialista, deixou o PMDB nos anos 1990 e se filiou ao PSB, onde militou durante grande parte da sua vida pública. Depois de ser isolado pelos neo-socialistas, filiou-se ao PT. Pedro exerceu um mandato de deputado estadual e três como federal. Em 2012, concorreu à Prefeitura de Ipojuca, mas terminou em quarto lugar, com 2.981 votos. No ano passado, disputou o quarto mandato na Câmara, mas não conseguiu se reeleger.