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quarta-feira, setembro 05, 2018

Museu não tinha o certificado dos Bombeiros no RJ


Três dias depois do incêndio que atingiu o Museu Nacional, os bombeiros finalmente conseguiram analisar a documentação da instituição. A conclusão divulgada nesta quarta-feira (5) é que a instituição estava em situação irregular no que diz respeito à legislação de segurança contra incêndio e pânico.
O espaço não possuía Certificado de Aprovação em dia. O documento atesta quando as medidas de segurança básica estão presentes. A corporação, no entanto, não explicou por que o Museu permaneceu aberto à visitação mesmo não estando em dia com os papéis.

De acordo com a vice-diretora, Cristiana Serejo, o local era extremamente frágil e não tinha portas corta-fogo. A instituição vinha sofrendo com falta de recursos e tinha sinais de má conservação, como fios elétricos aparentes, cupins e paredes descascadas. As condições precárias já estavam sendo investigadas pelo Ministério Público Federal havia 2 anos.

O prédio, que não tem seguro, carecia de portas corta-fogo e de brigadistas de incêndio.

Veja a nota completa do Corpo de Bombeiros:

segunda-feira, setembro 03, 2018

Defesa Civil entra no Museu Nacional para avaliar danos e risco de desabamento


Técnicos da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros fazem, na manhã desta segunda-feira (3), uma inspeção no Museu Nacional, que foi destruído pelo fogo. Eles vão calcular o tamanho dos estragos e descobrir se alguma peça ainda pode ser salva.

O incêndio que destruiu parte da história do país foi controlado durante a madrugada. No início desta manhã, bombeiros trabalhavam no rescaldo das chamas. Os militares afirmam que não há chance de desabamento da fachada, mas o interior da construção está sob risco.

O Museu Nacional é a instituição científica mais antiga do país e tinha um acervo de mais de 20 milhões de itens. Entre eles, estava o crânio de Luzia, o fóssil mais antigo das Américas e tesouro arqueológico nacional, e o maior meteorito já achado no país.

Como ocorreu o incêndio

“O dano é irreparável”, diz diretor do Museu Nacional


O diretor de Preservação do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, João Carlos Nara, afirmou à Agência Brasil que o incêndio causa um “dano irreparável” ao acervo e às pesquisa nacionais. Ele acompanha de perto o trabalho dos bombeiros no local e disse que “pouco restará”, após o controle das chamas.

“Infelizmente a reserva técnica, que esperávamos que seria preservada, também foi atingida. Teremos de esperar o fim do trabalho dos bombeiros para verificar realmente a dimensão de tudo”, afirmou o arquiteto e historiador.

De acordo com João Carlos Nara, a equipe de administração do Museu Nacional aguardava o fim do período eleitoral para iniciar as obras de preservação da infraestrutura do prédio.

“É tudo muito antigo. O sistema de água e o material, tudo tem muitos anos. Havia uma trinca nas laterais. Isso é ameaça constante”, disse o diretor.

domingo, setembro 02, 2018

Incêndio: Museu Nacional abrigava múmias e o crânio de mais antiga brasileira


Fóssil de Luzia, com idade estimada entre 12,5 mil e 13 mil anos, estava no museu fundado em 6 de junho de 1818 por Dom João VI.

Vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), museu foi destruído após incêndio: conheça seu acervo, que era o maior da América Latina

O fogo que consome as estruturas do Museu Nacional é a imagem-símbolo de como o Brasil costuma lidar com a ciência e a preservação de nossa história. Com 200 anos completos no dia 6 de junho,essa era a mais antiga instituição científica do Brasil e dona do maior acervo de história natural da América Latina, com mais de 20 milhões de itens. Nos últimos anos, entretanto, o orçamento destinado ao museu ficou cada vez mais reduzido, deixando evidente a necessidade de reformas para a preservação do acervo. Não deu tempo.

O incêndio, que começou por volta das 19h30 deste domingo (2 de setembro), não deixou feridos. Ainda não é possível saber como o fogo começou e nem a extensão dos danos ao acervo do museu, localizado no Palácio de São Cristovão, na Quinta da Boa Vista. Mas as imagens divulgadas dão conta que o estrago é grande: milhares de itens em exposição e que estavam nos arquivos da instituição correm o risco de serem destruídos pelo fogo.

São verdadeiras relíquias da história: a maior coleção de meteoritos do Brasil, fósseis de milhões de anos e o crânio de Luzia, o mais antigo registro humano das Américas que foi encontrado em Lagoa Santa (MG). Além de itens históricos dos povos que formaram o país, o Museu Nacional também abrigava uma acervo com objetos da Antiguidade greco-romana e até a maior coleção de história egípcia da América Latina.