quinta-feira, setembro 19, 2019

Fernando Bezerra Coelho permanece na liderança do governo no Senado, diz Onyx


Para o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) permanece na liderança do governo no Senado pelo menos até o fim de semana, quando deverá tratar do assunto com o presidente Jair Bolsonaro

Na manhã desta quinta-feira, o senador foi alvo de Operação da Polícia Federal (PF) que investiga suposta irregularidade durante sua gestão como ministro da Integração Nacional, no governo de Dilma Rousseff (PT).


"O senador Bezerra tem situação que é relativa a fatos passados, de quando era ministro de governos anteriores", declarou Onyx, dizendo que o esclarecimento do senador deverá ser prestado às autoridades.

"Estou sendo informado agora que ele colocou o cargo à disposição. No fim de semana vou conversar com o presidente [Jair Bolsonaro] e vamos ver que atitude vai ser tomada", disse Onyx. Pela manhã, Bezerra disse ter falado com o ministro para colocar o cargo à disposição.

A PF realizou uma busca e apreensão no Senado, em uma investigação batizada de “Desintegração”, em uma alusão aos fatos investigados serem do período em que Bezerra era ministro da Integração Nacional do governo Dilma.

Segundo a PF, a operação teve “o propósito de desarticular um esquema criminoso de pagamentos de vantagens indevidas, por parte das empreiteiras, em favor de autoridades públicas”. Uma das empreiteiras envolvidas é a OAS e as investigações têm como foco desvios nas obras de transposição do rio São Francisco.

A defesa de Bezerra Coelho disse que “causa estranheza” a operação realizada pela PF que teve como alvo o senador. “Causa estranheza à defesa do senador Fernando Bezerra Coelho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação”, afirmou o advogado André Callegari.

Para a defesa, “a única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal”.

Por Murillo Camarotto e Bruna Suptitz
Valor Econômico

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