sábado, agosto 26, 2023

Cepe e Arquivo Público assinam termo de cooperação para digitalização de acervo histórico

Foto: Leopoldo Conrado Nunes/Cepe

O presidente da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), João Baltar Freire, e o diretor do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (Apeje), Sidney Rocha, assinaram na manhã nessa sexta-feira (25) termo de cooperação para a digitalização de documentos raros e de valor histórico sob a guarda do Arquivo Estadual. Com a oficialização, as instituições definirão todo o planejamento para a retirada, transporte e guarda do acervo pela Cepe, que preparou uma sala para receber a documentação com segurança. Em uma segunda etapa, o material digitalizado ficará disponível para consulta pública no Acervo Cepe (www.acervocepe.com.br).

O primeiro lote a ser digitalizado é o acervo de Francisco Augusto Pereira da Costa (1851-1923), numa homenagem ao centenário de morte do historiador, jornalista, escritor e político, que ocorre este ano. Serão escaneados, entre outros, os originais da principal obra de Pereira da Costa, os Anais Pernambucanos. O título, publicado a partir de 1951, narra a história tanto oficial quanto social de Pernambuco, do período de 1493 a 1850, nos aspectos econômicos, religiosos e políticos.

Autor de livros, artigos e pesquisas consideradas referência para a história e a cultura do Estado, Pereira da Costa era membro do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e participou da fundação da Academia Pernambucana de Letras. De acordo com o escritor e diretor do Arquivo Público, Sidney Rocha, o critério de prioridade do acervo a ser digitalizado levou em consideração, além da raridade, os documentos mais procurados e manuseados por pesquisadores.

Também na lista de bens selecionados pelo Apeje nesta primeira etapa está a conclusão da digitalização do acervo iconográfico (cerca de 700 imagens), folhetos de cordéis de autoria do escritor e poeta paraibano João Martins de Athayde (1880-1959) – um dos principais nomes para a divulgação da literatura de cordel no país – e do poeta pernambucano Homero do Rego Barros (1919-2013), conhecido como “trovador de Olinda e Recife”, além da coleção de folhetos de cordel raros (1.800 exemplares) e de folhinhas de algibeira do século 19 (100). “Estamos falando de mais uma década de abandono do nosso acervo e que agora, no Governo de Raquel Lyra, há um grande esforço e compromisso em salvaguardar a memória. Esses são documentos que precisam receber cuidados especiais, por isso o trabalho com a Cepe é muito importante”, afirmou Sidney Rocha.

Para o presidente da Cepe, João Baltar Freire, as duas instituições deram um importante passo nesta sexta-feira no sentido de reverter a situação do Arquivo Público Estadual. “Na próxima semana estarei em Brasília em busca do apoio da nossa bancada parlamentar. Não tenho dúvidas que nossos deputados e senadores serão sensíveis à causa tão importante para Pernambuco”, destacou.

O Arquivo Público Estadual foi criado em 4 de dezembro de 1945 e preserva a história de Pernambuco em manuscritos, mapas, jornais, livros e leis. A sede fica na Rua do Imperador Pedro II, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife.

Assessoria de Imprensa da Cepe

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