Ao participar do 32º Congresso Brasileiro de Reumatologia, Cunha disse que a proliferação do mosquito e o consequente aumento dos casos preocupam, em primeiro lugar, por que são doenças relativamente novas no país. “Portanto, a rede de saúde e os profissionais de saúde ainda não estão habituados a identificar esses casos. E preocupa também porque a inexperiência clínica para lidar com esses casos tem dificultado o diagnóstico precoce. "E uma das razões, especialmente em relação ao chikungunya, que podem contribuir para uma evolução desfavorável ou crônica é justamente o diagnóstico tardio”, alertou o pesquisador.
Segundo Cunha, outro fator que preocupa é que as doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito, que também transmite a dengue, e existe em milhares de cidades no país. "Conhecemos as condições ambientais nas quais o mosquito prolifera. E a associação com as dificuldades no abastecimento de água tem contribuído, aparentemente, para a proliferação, haja vista o que tem acontecido na Região Sudeste, como um todo, em relação à dengue.”