Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornaram réus, na tarde desta terça-feira (6/5), sete acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de integrar o núcleo 4 da suposta trama golpista que visava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
A decisão foi unânime. Tornaram-se réus, nesta terça, os militares Ailton Gonçalves; Ângelo Martins Denicoli; Carlos Giancarlo Gomes Rodrigues; Guilherme Marques de Almeida; e Reginaldo Vieira de Abreu; o agente da PF Marcelo Araújo Bormevet; e Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal.
Nessa segunda fase, os magistrados analisaram o mérito, ou seja, se aceitavam ou não a denúncia da PGR para tornar réus os sete acusados. O relator, ministro Alexandre de Moraes, votou pelo recebimento integral da denúncia e foi acompanhado por todos os colegas de turma: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Segundo a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, os investigados fazem parte de um grupo suspeito de disseminar notícias falsas sobre o processo eleitoral.
Para o relator, os acusados “fizeram parte de uma estrutura que incentivava parcela da população contra a Justiça Eleitoral, contra o STF”. Ainda segundo ele, “não se trata aqui de: ‘Ah, uma pessoa repassou uma notícia para a outra'”.
Veja quem faz parte do núcleo 4:
*Ângelo Martins Denicoli – major da reserva do Exército;
* Carlos Cesar Moretzsohn Rocha – engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal;
* Giancarlo Gomes Rodrigues – subtenente do Exército;
* Guilherme Marques de Almeida – tenente-coronel do Exército;
* Reginaldo Vieira de Abreu – coronel do Exército; e
*Marcelo Araújo Bormevet – agente da Polícia Federal.