quinta-feira, julho 14, 2016

Artigo produzido por técnicos da Codevasf é publicado em revista científica

Na fase de coleta de informações, a Codevasf identificou os tipos de reservatórios utilizados para piscicultura familiar extensiva, forma do manejo e técnicas utilizadas pelos produtores, descrevendo as peculiaridades da atividade no semiárido (Foto: Cássio Moreira/Codevasf)

Realizar um diagnóstico da piscicultura familiar extensiva na bacia do rio São Francisco no estado de Sergipe. Esse foi o objetivo de um trabalho técnico desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) veiculado neste mês na publicação científica “Acta of Fisheries and Aquatic Resources”. O projeto foi desenvolvido por técnicos do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Betume, no município de Neópolis (SE), e pela Unidade Regional de Desenvolvimento Territorial.

Intitulado “Piscicultura familiar extensiva no baixo São Francisco, estado de Sergipe, Brasil”, o artigo exibe os resultados de uma coleta de dados realizada pela Codevasf nos 28 municípios que compõem a bacia hidrográfica do rio São Francisco no estado durante um período de dois anos. O trabalho descreve a piscicultura familiar extensiva como uma atividade realizada em pequenas propriedades rurais, com o objetivo de garantir a subsistência ou a complementação da renda da família.

O chefe da Unidade Regional de Desenvolvimento Territorial em Sergipe, Thompson Ribeiro, explica que o artigo científico foi resultado de um projeto-piloto desenvolvido pela Codevasf no estado. “Durante o período, realizamos o cadastramento de produtores, fornecemos alevinos e materiais de produção e promovemos oficinas. Além disso, foi realizado um acompanhamento desses produtores”, afirma.

Durante a fase de coleta de informações, a Codevasf identificou os tipos de reservatórios utilizados para a prática da atividade, bem como a forma do manejo e as técnicas utilizadas pelos produtores, descrevendo as peculiaridades da piscicultura familiar extensiva no semiárido. Os autores do trabalho científico apontaram a falta de assistência técnica e a falta de dados censitários como as principais dificuldades enfrentadas pelos produtores.

“Em geral, essa é uma forma de cultivo que recebe menos atenção por causa da sua baixa produtividade e, por isso, a assistência técnica acaba se concentrando na piscicultura comercial semi-intensiva”, diz Thompson Ribeiro. “Apesar da ausência de dados oficiais sobre a atividade, é importante notar que a piscicultura familiar extensiva tem grande importância para as famílias da região por conta do baixo custo de implantação, já que utiliza técnicas menos elaboradas de produção”, acrescenta.

Codevasf

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