quinta-feira, setembro 08, 2022

Palmeiras imperiais da Praça da Quadra 06 de Petrolândia estão sob alto risco de "morrer de repente"



É inacreditável a naturalidade com que a "falta de absurdo" acontece e é aceita em Petrolândia, cidade situada no sertão de Pernambuco, às margens do Rio São Francisco. As palmeiras imperiais que existem na Praça da Quadra 06 correm sério risco de desaparecer por "morte repentina" anunciada. Adultas e aparentemente cheias de saúde, as palmeiras receberam péssimas companhias com o plantio de mudas da espécie invasora neem indiano, em distanciamento bastante inferior a 4 metros. Supõe-se que o plantio do neem no local é para sombrear alguns bancos da praça, objetos que poderiam ser facilmente movidos para áreas mais propícias ao desfrute diurno. 

Como o plantio foi feito praticamente em cima de suas raízes das palmeiras, que podem se estender lateralmente por 2 metros, as copas de dois neem, ainda muito jovens, já cercam o tronco de uma das palmeiras. A tendência natural é que as grandes raízes e galhos dos pés de neem sufoquem as palmeiras dentro de poucos anos. Nem o espaçamento mínimo de 4 metros entre as mudas, recomendado por especialistas para o plantio de neem foi atendido. As árvores parecem "amontoadas" no espaço exíguo. O espaçamento é necessário devido à grande expansão das raízes durante o seu crescimento. 

Além do plantio do neem de forma periclitante, nota-se que está em curso naquela praça a substituição de árvores anteriores pela espécie invasora, não recomendada para plantio no paisagismo urbano e rural. Ou seja, o projeto da Prefeitura de Petrolândia para plantar mudas nativas ainda não chegou na Quadra 06. 

O neem desembarcou ao Brasil no início em 1992, mas, plantada irresponsavelmente, já virou mato no bioma caatinga, com potencial para competir, hectare por hectare, com a também invasora algarobeira. Por outro lado, as palmeiras imperiais, trazidas ao Brasil pela família imperial no Brasil, chegaram a ser um dos orgulhos de Petrolândia, cidade que homenageou Dom Pedro II com o seu nome. Assim, a palmeira imperial deveria ser uma das espécies protegidas pelo município, junto com a vegetação nativa da caatinga. Mas, como se vê na Praça da Quadra 06, na realidade proliferam os absurdos e abusos, não a lógica do raciocínio crítico.   

Redação do Blog de Assis Ramalho


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