16 agosto 2025

Nascido em Bom Conselho/PE, Francisco Alexandre é nomeado superintendente da Sudene após saída de Danilo Cabral


Francisco Alexandre foi nomeado superintendente da Sudene — Foto: Divulgação/Sudene

Engenheiro natural de Bom Conselho, no Agreste do estado, assume cargo em meio a pressões políticas em torno das obras da Transnordestina.

Por g1 Pernambuco

O engenheiro pernambucano Francisco Ferreira Alexandre foi nomeado, nesta sexta-feira (15), como superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O novo gestor do órgão assume o cargo no lugar do ex-deputado federal Danilo Cabral (PSB), que foi exonerado no início de agosto após pressões políticas em torno das obras da Transnordestina.

A nomeação foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e publicada no Diário Oficial da União. Francisco Alexandre chegou ao comando da instituição por indicação do senador Humberto Costa (PT). A posse está marcada para segunda-feira (18).

Nascido em Bom Conselho, no Agreste de Pernambuco, Francisco Alexandre é formado em engenharia e direito, com especializações em universidades dos Estados Unidos, França, Inglaterra e Brasil. É servidor de carreira do Banco do Brasil e atuou em conselhos comitês de diversas empresas, como Vale, BRF e Kepler Weber.

De acordo com a Sudene, ele deverá fazer “um mandato de continuidade" e vai priorizar "a atração de investimentos estratégicos, as políticas de desenvolvimento regional e as obras estruturais, como a Transnordestina".

Sediada no Recife, a Sudene é uma autarquia vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. Foi criada em 1959 e busca promover o desenvolvimento do Nordeste por meio do planejamento econômico regional, apoiando e financiando projetos de infraestrutura na região.

Pressões políticas

Danilo Cabral foi exonerado da Sudene no dia 7 de agosto, após passar dois anos e meio no cargo. O centro da polêmica envolvendo o ex-deputado no comando da autarquia federal foi a obra da ferrovia Transnordestina, o que gerou críticas de políticos e empresários do Ceará.

Um dos motivos para a pressão seria uma eventual insistência do então superintendente para a retomada da obra no trecho entre o Porto de Suape, no Grande Recife, e Salgueiro, no Sertão.

Em abril, a Sudene realizou um evento para discutir a execução da obra no estado, e discutiu soluções para os impasses atuais. Um dos maiores entraves é a necessidade de desapropriações.

O governo federal chegou a anunciar para o segundo semestre deste ano o recomeço da obra, orçada em R$ 3,5 bilhões. Lideranças políticas cearenses, como o governador Elmano de Freitas (PT), criticaram a gestão de Danilo Cabral à frente da Sudene, e teriam articulado a saída do ex-deputado pernambucano com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

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