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O presidente Lula em pronunciamento sobre o Sete de Setembro — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
Petista fez menção a 'traidores da pátria' e rejeitou tentativas de interferência no Judiciário. Em pronunciamento, Lula também defendeu a regulamentação das redes e o PIX, alvos dos EUA.
Por Kevin Lima, g1 — Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou neste sábado (6) tentativas de interferência estrangeira no Brasil e disse que o país não aceitará "ordens de quem quer que seja".
Lula também chamou de "traidores da pátria" os políticos que "estimulam ataques" ao país — uma referência indireta ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apontado como um dos catalisadores das sanções dos Estados Unidos contra autoridades e produtos brasileiros.
No pronunciamento, transmitido em cadeia nacional de rádio e TV, o petista fez menções veladas à ofensiva americana ao defender o PIX, a regulamentação das redes sociais e a independência do Judiciário.
Ao anunciar o tarifaço e a abertura de investigação comercial contra o Brasil, o governo dos EUA fez críticas justamente a estes fatores.
Lula também voltou a defender a soberania nacional — conceito mencionado quase uma dezena de vezes na fala —, reforçando o novo mote da comunicação do Palácio do Planalto.
"Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro", declarou o petista.
Confira abaixo, nesta reportagem, detalhes do pronunciamento de Lula sobre (clique para ir ao conteúdo):
Os 'traidores da pátria'
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Dos EUA, deputado Eduardo Bolsonaro participa remotamente de audiência na Câmara — Foto: Divulgação
Na fala que antecede as comemorações da Independência do Brasil, Lula repetiu críticas a políticos que, segundo ele, têm atuado no exterior para prejudicar o país.
O petista chamou o grupo de "traidores da pátria", classificou o comportamento como "inadmissível" e disse que a "História não os perdoará".
Apesar da ausência de nomes, o pronunciamento mira a família e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na última semana, Lula afirmou que a família Bolsonaro e o "comportamento" de Eduardo Bolsonaro eram uma das "maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus".
Segundo o petista, o Eduardo tem "insuflando, com mentiras e com hipocrisia, um outro Estado contra o Estado Nacional do Brasil".
Filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro tem se reunido com representantes do governo americano e é apontado como um dos incentivadores das sanções americanas contra o Brasil.
Em agosto, o deputado foi indiciado pela Polícia Federal por suposta tentativa de obstruir, por meio do incentivo às sanções dos EUA, inquéritos contra o pai.
"É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A História não os perdoará", declarou Lula neste sábado.
Lula diz que deputados governistas têm que pedir cassação de Eduardo Bolsonaro
No pronunciamento, o petista declarou que o Brasil mantém "relações amigáveis com todos os países". Ele ponderou, no entanto, que o país tem "um único dono" — o seu próprio povo.
"Não aceitamos ordens de quem quer que seja. [...] Este país soberano e independente se chama Brasil", afirmou.
Judiciário, PIX e redes sociais
O presidente Lula também criticou tentativas de interferência e rebateu críticas feitas no exterior a decisões do Judiciário brasileiro.
Neste sábado, o petista afirmou que o seu governo zela pela separação entre os Poderes e que não há espaço para que o presidente brasileiro interfira no Judiciário — "ao contrário do que querem impor ao nosso país", declarou Lula.
Há dois meses, o presidente americano enviou uma carta ao Brasil elencando as ações contra Jair Bolsonaro como um dos fatores para a imposição de tarifas contra produtos brasileiros.
Trump chegou a afirmar que havia uma "caça às bruxas" e que o julgamento de Bolsonaro, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), era uma "vergonha internacional". A ofensiva foi vista pelo governo brasileiro como uma tentativa de influenciar o Judiciário.
O Brasil também se tornou alvo de uma investigação comercial por supostas práticas desleais contra empresas americanas.
Entre os alvos da apuração, estão o PIX e a decisão do STF que responsabiliza plataformas digitais por conteúdos ilegais de usuários.
Sem mencionar o governo americano, o presidente brasileiro disse que defenderá o PIX de "qualquer tentativa de privatização" e que as redes sociais não estão "acima da lei".
"O Pix é do Brasil, é público, é gratuito e vai continuar assim. [...] As redes digitais não podem continuar sendo usadas para espalhar fake news e discursos de ódio. Não podem dar espaço à prática de crimes como golpes financeiros, exploração sexual de crianças e adolescentes e incentivo ao racismo e à violência contra as mulheres."
Lula também repetiu que defenderá as riquezas, as instituições e a democracia brasileira contra "qualquer um que tente golpeá-la".
"Nunca abriremos mão da nossa soberania. Defender nossa soberania é defender o Brasil", disse.
Por Kevin Lima, g1 — Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou neste sábado (6) tentativas de interferência estrangeira no Brasil e disse que o país não aceitará "ordens de quem quer que seja".
Lula também chamou de "traidores da pátria" os políticos que "estimulam ataques" ao país — uma referência indireta ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apontado como um dos catalisadores das sanções dos Estados Unidos contra autoridades e produtos brasileiros.
No pronunciamento, transmitido em cadeia nacional de rádio e TV, o petista fez menções veladas à ofensiva americana ao defender o PIX, a regulamentação das redes sociais e a independência do Judiciário.
Ao anunciar o tarifaço e a abertura de investigação comercial contra o Brasil, o governo dos EUA fez críticas justamente a estes fatores.
Lula também voltou a defender a soberania nacional — conceito mencionado quase uma dezena de vezes na fala —, reforçando o novo mote da comunicação do Palácio do Planalto.
"Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da nossa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro", declarou o petista.
Confira abaixo, nesta reportagem, detalhes do pronunciamento de Lula sobre (clique para ir ao conteúdo):
Os 'traidores da pátria'
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Dos EUA, deputado Eduardo Bolsonaro participa remotamente de audiência na Câmara — Foto: Divulgação
Na fala que antecede as comemorações da Independência do Brasil, Lula repetiu críticas a políticos que, segundo ele, têm atuado no exterior para prejudicar o país.
O petista chamou o grupo de "traidores da pátria", classificou o comportamento como "inadmissível" e disse que a "História não os perdoará".
Apesar da ausência de nomes, o pronunciamento mira a família e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na última semana, Lula afirmou que a família Bolsonaro e o "comportamento" de Eduardo Bolsonaro eram uma das "maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus".
Segundo o petista, o Eduardo tem "insuflando, com mentiras e com hipocrisia, um outro Estado contra o Estado Nacional do Brasil".
Filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro tem se reunido com representantes do governo americano e é apontado como um dos incentivadores das sanções americanas contra o Brasil.
Em agosto, o deputado foi indiciado pela Polícia Federal por suposta tentativa de obstruir, por meio do incentivo às sanções dos EUA, inquéritos contra o pai.
"É inadmissível o papel de alguns políticos brasileiros que estimulam os ataques ao Brasil. Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A História não os perdoará", declarou Lula neste sábado.
Lula diz que deputados governistas têm que pedir cassação de Eduardo Bolsonaro
No pronunciamento, o petista declarou que o Brasil mantém "relações amigáveis com todos os países". Ele ponderou, no entanto, que o país tem "um único dono" — o seu próprio povo.
"Não aceitamos ordens de quem quer que seja. [...] Este país soberano e independente se chama Brasil", afirmou.
Judiciário, PIX e redes sociais
O presidente Lula também criticou tentativas de interferência e rebateu críticas feitas no exterior a decisões do Judiciário brasileiro.
Neste sábado, o petista afirmou que o seu governo zela pela separação entre os Poderes e que não há espaço para que o presidente brasileiro interfira no Judiciário — "ao contrário do que querem impor ao nosso país", declarou Lula.
Há dois meses, o presidente americano enviou uma carta ao Brasil elencando as ações contra Jair Bolsonaro como um dos fatores para a imposição de tarifas contra produtos brasileiros.
Trump chegou a afirmar que havia uma "caça às bruxas" e que o julgamento de Bolsonaro, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), era uma "vergonha internacional". A ofensiva foi vista pelo governo brasileiro como uma tentativa de influenciar o Judiciário.
O Brasil também se tornou alvo de uma investigação comercial por supostas práticas desleais contra empresas americanas.
Entre os alvos da apuração, estão o PIX e a decisão do STF que responsabiliza plataformas digitais por conteúdos ilegais de usuários.
Sem mencionar o governo americano, o presidente brasileiro disse que defenderá o PIX de "qualquer tentativa de privatização" e que as redes sociais não estão "acima da lei".
"O Pix é do Brasil, é público, é gratuito e vai continuar assim. [...] As redes digitais não podem continuar sendo usadas para espalhar fake news e discursos de ódio. Não podem dar espaço à prática de crimes como golpes financeiros, exploração sexual de crianças e adolescentes e incentivo ao racismo e à violência contra as mulheres."
Lula também repetiu que defenderá as riquezas, as instituições e a democracia brasileira contra "qualquer um que tente golpeá-la".
"Nunca abriremos mão da nossa soberania. Defender nossa soberania é defender o Brasil", disse.
Por Kevin Lima, g1 — Brasília
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