Blog do Marlon - Gazeta Web
“O sertanejo é, antes de tudo, um forte.” A frase é de Euclides da Cunha de 1902, mas no último jogo, Fluminense e Al Hilal, pelo Mundial de Clubes, em 2025, o Brasil inteiro viu o porquê. Coincidência ou não, o livro Os Sertões, é escrito no mesmo ano de fundação do Fluminense: 1902. E essa história ainda tem mais simbolismos.
Na mitologia, Hércules enfrentou doze trabalhos impossíveis, exigindo força, astúcia e resistência sobre-humanas. Já o Hércules brasileiro, o nordestino, sertanejo do Piauí, de fala mansa e gol decisivo, também teve seus próprios “trabalhos” até chegar ali: a infância pobre, a desconfiança dos olheiros, os testes negados, a solidão longe da família. Cada dia vencido foi um leão enfrentado. Cada não superado, um monstro abatido.
Quando o sertanejo Hércules entrou em campo naquela partida, poucos apostavam. Mas quem nasce nordestino não entra para agradar plateia entra para virar o jogo.