sábado, agosto 20, 2022

Entenda o que é a hepatite autoimune, doença que matou a jogadora de futsal Pietra Medeiros

jogadora de futsal Pietra Medeiros foi campeã da Copa Libertadores 2022. — Foto: Reprodução/Instagram

A hepatite autoimune é uma doença crônica rara, que atinge o fígado e não é contagiosa.

Na última sexta-feira (19), a jogadora de futsal Pietra Medeiros, de 20 anos, morreu em decorrência da doença. Ela estava internada em estado grave desde o início do mês com um diagnóstico deste tipo de hepatite.

A atleta atuava pelo Taboão Magnus, de Taboão da Serra (SP). Na quarta-feira (17), a jogadora piorou e passou por um transplante de fígado, mas não resistiu.

Doença é mais comum em mulheres jovens
A hepatite autoimune pode ocorrer em qualquer idade, mas segundo o Instituto Brasileiro do Fígado (IBRAFIG), ela atinge com mais frequência mulheres na faixa dos 30 anos.

O sistema imune de pacientes com este tipo de hepatite reconhece as células do fígado como estranhas, e por isso as ataca. As consequências são a inflamação crônica do órgão, o desenvolvimento de fibrose hepática, que são cicatrizes no fígado, e também a cirrose.

A hepatite autoimune se desenvolve em pessoas com predisposição genética, e pode se manifestar a partir do contato com bactérias, vírus, medicamentos ou outros fatores relacionados ao ambiente.

Mesmo assim, de acordo com o IBRAFIG, não é comum que pessoas da mesma família desenvolvam a doença.

Os sintomas mais recorrentes da hepatite autoimune são fraqueza, cansaço e mal-estar, além de dores no abdômen e olhos amarelados.

Em um terço dos casos a doença aparece na forma aguda, com mal-estar, náuseas, vômitos e dores abdominais, e também pode levar à parada súbita do fígado. Nesta situação é necessário um transplante de urgência.

Hepatite autoimune tem tratamento

O tratamento da hepatite autoimune é feito com medicamentos imunossupressores, que diminuem a atividade do sistema autoimune e combatem a inflamação no fígado.

Mulheres que têm a doença controlada podem ter filhos, desde que façam um acompanhamento médico rigoroso durante a gravidez e após o nascimento da criança.

Por G1

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