Entre as espécies que voltarão para o seu habitat de origem estão dois pixoxós – aves ameaçadas de extinção. Quem é flagrado com espécie silvestre sem autorização, além da apreensão do animal, pode receber multa de R$ 500, se o animal não for ameaçado de extinção. Se o animal constar na lista de espécies ameaçados de extinção, a multa é de R$ 5 mil.
Desde que assumiu a gestão de fauna no Estado de Pernambuco, em 2014, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) realiza, pela primeira vez, o repatriamento de 11 aves que foram resgatadas pela autarquia em ações de fiscalização realizadas no estado. Serão encaminhados para a sua região de origem, na manhã dessa quarta-feira (30), às 7h:30, seis coleirinhos (Sporophila caerulescens), um pintassilgo (Sporagra magellanica), um tico-tico- rei (Lanio cucullatus), uma araponga (Procnias nudicollis) – também conhecido popularmente como ferreiro – e dois pixoxós (Sporophila frontalis), espécie ameaçada de extinção, principalmente, por causa da captura para engaiolamento, devido ao seu belo canto.
Os animais serão encaminhados logo mais, às 20h, para o Aeroporto Internacional dos Guararapes, em caixas de transporte de animais silvestres, onde aguardarão horário de embarque com destino ao Estado de São Paulo, onde serão recebidos pela Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre do Departamento de Parques e áreas verdes (Depave) da Prefeitura de São Paulo. De acordo com o chefe do setor de fiscalização de fauna da CPRH, Gleydson Castelo Branco, “essas espécies não são naturais de Pernambuco e só chegaram ao estado através do tráfico de animais”, destacou Castelo Branco.