Situação continua tensa no Complexo Prisional
Edmar Melo/JC Online
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos confirmou, na tarde desta terça-feira (20), a terceira morte na rebelião ocorrida no Complexo Prisional do Curado, que abriga três penitenciárias, na Zona Oeste do Recife. A informação repassada pelo secretário Pedro Eurico é que se trata de Mário Antônio da Silva, 52 anos, preso desde 2006 por tráfico de drogas, que foi decapitado em um dos pátios, nesta terça. "[A morte] Não foi durante ação policial. Depois que soubemos dessa morte, houve uma chuva de pedras contra os policiais e agentes, eu presenciei. O Choque entrou, pacificamente, e agiu com bombas de efeito moral, e a situação foi controlada. Os presos estão dentro das celas", disse.
Eurico confirmou que houve uma tentativa de homicídio contra outro preso, que foi socorrido para uma unidade de saúde com um ferimento em uma das mãos. Ele ainda assegurou que não houve detentos feridos a tiros nesta terça. Na segunda (19), o balanço da rebelião fechou com 29 feridos, além das mortes do sargento da PM Carlos Silveira do Carmo, 44 anos, e do detento Edvaldo Barros da Silva Filho.
O secretário informou que, após a situação se agravar nesta manhã, se encaminhou ao complexo disposto a negociar a pacificação do ambiente. "Eu recebi uma comissão formada por 10 detentos, das três alas. Conversei por uma hora e meia e eles fizeram uma série de reivindicações, que transformamos em um documento. Eles têm três grandes preocupações: tratamento às famílias no dia das visitas, a análise dos processos e a melhoria da unidade habitacional", disse. Veja, ao final da reportagem, a lista completa das reivindicações dos detentos, conforme acordo com a Secretaria.