O Supremo Tribunal Federal (STF) prepara-se para analisar as últimas 100 denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os acusados de envolvimento nos ataques de 8 de janeiro. Após esta fase, a análise do caso pela Corte entra em uma nova etapa, quando será feita a instrução processual, como a coleta de provas e oitiva de testemunhas. A expectativa é de que os restantes sejam analisados após o recesso do Poder Judiciário, que termina em agosto.
Os casos estão sendo analisados em massa pelos ministros da corte no plenário virtual — 1.290 denúncias foram recebidas e os acusados passaram à condição de réus. De acordo com as investigações, os atentados foram articulados e contaram com apoio político e financeiro. A PGR os dividiu em três grupos: financiadores, que deram suporte material ou recursos para viabilizar o vandalismo; incentivadores, grupo com forte presença de políticos que incitaram os extremistas; e os executores.
O último grupo é formado por quem invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes. Os agentes públicos que poderiam evitar as depredações e se omitiram também foram denunciados. Foram identificados por impressões digitais, materiais biológicos encontrados nos locais dos ataques, além de imagens de câmeras de segurança e informações obtidas nas redes sociais. No dia dos atentados, muitos vândalos transmitiram os atentados ao vivo, o que permitiu identificar vários deles.
Deputado incitador