O Ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Prévia da arrecadação do governo em janeiro indica um crescimento real (acima da inflação) em torno de 6%, com a entrada de R$ 280 bilhões nos cofres federais, de acordo com dados do portal Siga Brasil.
O desempenho das receitas no primeiro mês do ano ganhou atenção dos analistas econômicos após o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, revelar em entrevista à Folha de S.Paulo que o resultado estava acima do esperado e que o bloqueio de despesas poderia ser zero na primeira avaliação do Orçamento deste ano.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também afirmou depois que o resultado tinha surpreendido positivamente a sua equipe.
Apesar da surpresa positiva com a arrecadação, analistas recomendam cautela à equipe econômica de Haddad e avaliam que o resultado está longe de afastar a necessidade de bloqueio das despesas.
Técnicos do governo ouvidos pela reportagem consideram que, além do ingresso extraordinário de recursos com a mudança na tributação dos fundos dos super-ricos, há um componente estrutural no desempenho das receitas.
O diagnóstico do que tem ocorrido com a arrecadação do governo ainda está em estudo pelos técnicos.
O fator que pode indicar uma dificuldade maior para a necessidade de bloqueio das despesas na primeira avaliação do Orçamento, no final de março, é o limite de gastos previsto no novo arcabouço fiscal, de acordo com os técnicos a par do assunto no governo.
O fator que pode indicar uma dificuldade maior para a necessidade de bloqueio das despesas na primeira avaliação do Orçamento, no final de março, é o limite de gastos previsto no novo arcabouço fiscal, de acordo com os técnicos a par do assunto no governo.