terça-feira, março 05, 2024

Bolsonaro proibiu divulgação sobre segurança das urnas e pediu mais esforço nas buscas, diz ex-comandante do Exército Freire Gomes

Militar aponta que Bolsonaro não autorizou divulgação de relatório do Exército que comprovava a segurança das urnas eletrônicas. Ex-presidente pediu que se esforçassem para encontrar erros - NELSON ALMEIDA / AFP

Na semana passada, o ex-comandante do Exército general Marco Antônio Freire Gomes, falou por mais de sete horas à Polícia Federal.

O teor das informações apresentadas pelo militar começaram a ser reveladas nesta semana. Entre os tópicos discutidos, Freire Gomes falou sobre o relatório do Exército sobre as urnas eletrônicas nas eleições de 2022.

Segundo o militar, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não autorizou a liberação do relatório após sua finalização.Quer ficar informado sobre política, eleições e tudo que envolve o jogo do poder? Clique aqui para se inscrever no nosso canal do WhatsApp.

Bolsonaro afirmou ser necessário maior esforço por parte dos militares para achar erros nas urnas eletrônicas. O material sobre a regularidade das urnas só foi divulgado depois da eleição, em 9 de novembro de 2022, em formato curto.

O relatório atrasado foi aguardado por membros do PL e apoiadores de Bolsonaro, que esperavam que o texto apresentasse algum erro. Porém, o material apontava regularidade e segurança nas urnas eletrônicas.
BOLSONARO MANDOU EXÉRCITO SE ESFORÇAR PARA ACHAR ERROS NAS URNAS

Freire Gomes declarou para PF que apontou em diversos momentos para Bolsonaro que não foi encontrada nenhuma prova de fraude nas urnas eletrônicas.

Após ouvir o resultado das buscas, Bolsonaro teria afirmado que os militares deveriam se esforçar mais, que o relatório não batia com as informações que recebera sobre o tema.

Segundo informações da coluna de Bela Megale, do Globo, Freire apontou ter se manifestado contra ações golpistas apresentadas por Bolsonaro.

O militar foi comandante do Exército de março até dezembro de 2022 e participou dos embates entre o Exército e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O depoimento de Freire Gomes também trouxe a informação de que Bolsonaro mostrou duas minutas de golpe a membros das Forças Armadas.

Cynara Maíra - JC Online

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