quarta-feira, setembro 20, 2023

Onda de calorão deve durar até o fim de setembro e pode ter dias comparáveis aos recordes de 2020


Os meteorologistas indicam que, no Rio Grande do Sul, os temporais persistem até fim de semana, e o ápice da onda de calor no Centro-Sul do país está prevista para o mesmo período, entre sexta-feira (22) e domingo (24). Entretanto, conforme essas datas se aproximam, as previsões passam a deixar ainda mais claro o alerta de que a próxima semana também vai fazer o brasileiro a conviver com altas temperaturas.

"O período muito quente deve se estender pela primeira semana da primavera e algumas áreas pelo interior do Brasil podem até conviver com temperaturas muito altas até quase o fim de setembro", afirma a Climatempo.

Maiores temperaturas registradas pelo Inmet nas capitais — Foto: Inmet/Divulgação

A elevação dos termômetros tem relação direta com o El Niño muito mais rigoroso neste ano e com a Crise do Clima (causada pela emissão de gases de efeito estufa), que torna os eventos climáticos extremos mais comuns. 

Áreas afetadas pela temperatura atípica

De acordo com a Climatempo, temperaturas iguais ou acima dos 40°C serão registradas, "por vários dias", em áreas como:

norte do Paraná,

oeste e norte de São Paulo,

oeste de Minas Gerais (incluindo o Triângulo Mineiro),

Mato Grosso,

Mato Grosso do Sul,

Goiás,

oeste da Bahia,

interior do Maranhão,

interior do Piauí,

Tocantins, sul/leste do Pará,

Rondônia.

"É preciso ter em mente que fazer 40°C em setembro no Centro-Oeste, Norte e interior do Nordeste é comum, não é nada demais. Mas, falar em 42°C, 43°C, 44°C, aí já é algo realmente especial, fora do comum", afirma nota da Climatempo.

A persistência da onda de calor em algumas regiões do Brasil na próxima semana também é destacada pela meteorologista Estael Sias, da MetSul. "O calor muito intenso vai ceder em algumas áreas já no começo da semana que vem, mas em outras deve persistir ao longo da próxima semana.

Padrão da onda de calor recorde de 2020

"Alguns dias desta onda de calor da última semana do inverno de 2023 poderão ser comparados à onda de calor extrema que o Brasil viveu na primavera de 2020", analisam os meteorologistas.

A Climatempo afirma que a onda de calor da primavera de 2020 mudou a climatologia (área que estuda o clima) de calor no Brasil. "Antes desta onda de calor da primavera de 2020, a maior temperatura no país era no dígito 43°C. Depois dela, a base mudou para 44°C (Cuiabá, 30/09/2020)", analisa o serviço de meteorologia.

Apesar disso, a medição em Cuiabá não é, oficialmente, a maior temperatura registrada no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia. O recorde é de 44,8°C em Nova Maringá, registrado em 4 e 5 de novembro de 2020.

No acompanhamento da MetSul, há previsão de marcas ainda mais severas.

"Em pontos isolados do Centro-Oeste e da Região Sudeste, os modelos numéricos chegam a projetar marcas ainda mais altas como 43ºC a 45ºC no final desta semana e durante o próximo fim de semana, em particular no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no interior de São Paulo", afirma Estael.

Há ainda risco de a atual onda de calor superar o recorde do mês para São Paulo.

De acordo com a Climatempo, a maior temperatura registrada em setembro na cidade de São Paulo foi de 37,1°C (30/09/2020). Ela é a segunda maior temperatura aferida na capital paulista desde 1943; o recorde é 37,8°C, em 17/10/2014, conforme os dados do Inmet.

Na cidade de São Paulo, a previsão é de 36 °C no sábado (23) e 37 °C no domingo (24), e a segunda-feira deve ter temperaturas parecidas.

Por g1

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