sábado, agosto 12, 2023

Entorno de Bolsonaro já reconhece efeito político 'devastador' de desdobramentos do caso das joias



A operação da Polícia Federal (PF) desta sexta-feira (11) identificou que existem mais joias que foram recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro na presidência da República que foram vendidas ilegalmente pelo esquema comandado pelos militares do Exército Mauro Lourena Cid e Mauro Cid , seu filho e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A venda ilegal dos presentes oficiais recebidos por Bolsonaro pode ter ultrapassado R$ 1 milhão.

Ainda, segundo a investigação, boa parte do dinheiro obtido com a venda das joias foi depositada em contas dos alvos nos Estados Unidos. E, depois, sacada lá mesmo em caixas eletrônicos.

A PF acionou o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), ligado ao Ministério da Justiça, que já pediu ao Departamento de Justiça americano a quebra do sigilo bancário das contas até agora identificadas. A PF pediu na noite dessa sexta a quebra do sigilo fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro.

São pelo menos três contas no BB Americas, subsidiária internacional do Banco do Brasil, na Flórida.

A PF também está compartilhando todo teor da investigação com o FBI, a polícia federal americana. Portanto, Jair Bolsonaro, Mauro Cid (ex-ajudante de ordens) e Mauro Lourena Cid muito provavelmente serão investigados nos Estados Unidos por eventuais crimes financeiros, como lavagem dd dinheiro e uso de conta bancária para ocultação de valores.

O FBI deve ir atrás também das empresas, lojas e pessoas que compraram as joias para saber se tinham conhecimento da ilicitude da origem dessas peças.

Por Cesar Tralli, TV Globo

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