Última etapa do giro que fiz ao Sertão de Itaparica, Petrolândia, localizada às margens do Lago de Itaparica, a 429 km do Recife, foi palco de um debate bem acalorado sobre a conjuntura nacional, aberto pelo prefeito Lourival Simões (PSB), que está no final do seu segundo mandato. Como todo município, Petrolândia, segundo Lourival, vem padecendo na economia por causa dos efeitos da crise.
O que agravou as finanças do município, conforme ele desabafou, foi à decisão da União de reduzir o repasse dos royalties pagos pela Chesf, o que compensava o baixo percentual referente ao FPM – Fundo de Participação dos Municípios – depositado a cada dez dias na conta do erário. Lourival disse que já levou o problema ao ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, a quem apoiou para deputado federal.
“Temos uma promessa e a esperança agora de que os antigos percentuais voltem a ser praticados”, disse Lourival, que, recentemente, conseguiu com o próprio ministro o restabelecimento da energia para todos os núcleos do perímetro irrigado de Itaparica. A Celpe havia cortado porque a Codevasf não pagou a conta. Na área, o carro-chefe da cultura irrigada é o coco, que abastece o mercado local e até de outros Estados, como a Bahia.
Falei no Centro Cultural de Petrolândia, para uma plateia formada por professores, estudantes, secretários municipais e formadores de opinião, como os blogueiros e radialistas da região. Petrolândia tem o sexto maior PIB e o quarto maior PIB per capita do Estado, onde ganha destaque nos setores da indústria, comércio, agropecuária e turismo e por abrigar a Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga.
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