Como primeira ação do programa, um acordo de cooperação foi assinado com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Universidade Estadual Piauí (Uespi) para possibilitar o acesso das universidades à infraestrutura laboratorial, aos recursos humanos e às iniciativas acadêmicas do Inmetro.
“Existem diversos laboratórios acreditados e organismos de certificação, cerca de 2.500 no país, mas o Amazonas conta com apenas sete, e apenas 9% deles estão nas regiões Norte e Nordeste. Precisamos equilibrar este cenário. Vamos facilitar para os produtos da zona franca, sem que lançamentos sejam submetidos a avaliação em outras regiões, reduzindo tempo e custos, principalmente. E agregaremos valor aos produtos do setor primário, do interior, como o açaí, o leite, com uma certificação de origem, de reconhecimento internacional”, afirmou o presidente do Inmetro, Márcio André Brito.
“Estamos presenciando um momento histórico para o estado do Piauí. O programa irá desenvolver ações que serão importantes para o desenvolvimento econômico e industrial do estado, buscando fortalecer o que temos de melhor. Nossos laboratórios vão trabalhar com projetos de energias renováveis, sobretudo eólica e solar, e biotecnologia, para a certificação de produtos locais, como o mel, e a cera de carnaúba”, comentou Evandro Alberto de Sousa, o reitor da Universidade Estadual do Piauí (Uespi)
“É uma iniciativa importante não somente para o Amazonas, como para toda a região Norte e Nordeste, pois temos uma carência grande de laboratórios. Poderemos avaliar produtos e processos com a confiança necessárias. Temos 150 laboratórios credenciados pela universidade e que poderão passar pelo processo de acreditação do Inmetro. Os primeiros são os química analítica, com alta capacidade, de padrão internacional”, comentou o reitor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), André Zogahib.
Seminário internacional
O lançamento aconteceu, na quinta-feira (31/08), no seminário “A Qualidade e as Práticas de Sustentabilidade”, realizado pelo Inmetro em parceria com a Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac).
“Incluir como requisito o item sustentabilidade dá aos produtos nacionais um valor maior, no Brasil e exterior, de que ele segue práticas mundiais estabelecidas de preservação ao meio ambiente. O consumidor passa a saber, então, o que ele de fato está comprando”, ressaltou o presidente da Abrac, Synésio Batista da Costa.
O seminário reuniu especialistas e representantes do setor produtivo para debater questões cruciais relacionadas ao desenvolvimento sustentável.
O evento faz parte da programação da 31ª Reunião da Assembleia Geral da Cooperação Interamericana de Acreditação (IAAC), que reuniu 22 países da América para debater harmonização de procedimentos, acordos internacionais e o papel da infraestrutura da qualidade no desenvolvimento sustentável.
Por: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)
Nenhum comentário:
Postar um comentário