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Bebidas destiladas são a maioria dos produtos contaminados com metanol, segundo as autoridades sanitárias — Foto: Reprodução/TV Globo
Novas ocorrências foram registradas nas cidades de Lagoa do Ouro, no Agreste, e Cedro, no Sertão do estado.
Por g1 Pernambuco
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Mais dois casos suspeitos de intoxicação por metanol foram registrados em Pernambuco nesta sexta-feira (3). De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), um dos pacientes é uma mulher de 33 anos, que mora na cidade de Cedro, no Sertão do estado, e está internada em um hospital.
Além dela, o Hospital Mestre Vitalino, de Caruaru, no Agreste, registrou outro caso. A vítima é um homem de 33 anos de Lagoa do Ouro, na mesma região. Com isso, subiu para oito o número de ocorrências que estão sendo investigadas em Pernambuco.
[ATUALIZAÇÃO: após a publicação desta reportagem e a divulgação do último balanço, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou à TV Globo que o caso registrado em Gravatá foi descartado para intoxicação por metanol. A reportagem foi atualizada às 19h42 desta sexta-feira (3).]
Os nomes dos pacientes não foram divulgados. De acordo com a SES, a mulher de Cedro ingeriu aguardente e relatou visão turva, dor de cabeça, taquicardia, fotofobia, dor abdominal e náuseas. O estado de saúde dela não foi confirmado.
Já o paciente de Lagoa do Ouro, segundo o Hospital Mestre Vitalino (HMV), tomou uma dose de conhaque e apresentou, em seguida, alteração visual, agitação e insuficiência respiratória.
Ele foi entubado e está internado, em estado grave, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), fazendo sessões de hemodiálise.
Casos suspeitos em Pernambuco
Dos oito casos suspeitos registrados em Pernambuco, sete foram notificados à Secretaria Estadual de Saúde até esta sexta-feira (3). São eles:
* Celso da Silva, de 43 anos, de Lajedo, que deu entrada no HMV no dia 2 de setembro e morreu uma semana depois, no dia 9 do mesmo mês;
* Marcelo dos Santos Calado, de 32 anos, morador de Lajedo, que deu entrada no HMV no dia 4 de setembro e recebeu alta no dia 23 do mesmo mês, com perda da visão;
* Ronaldo de Lima Melo, de 30 anos e morador de João Alfredo, internado no dia 26 de setembro no HMV e com morte confirmada na terça-feira (30);
* Uma mulher, de nome e idade não divulgados, moradora de Olinda e que buscou atendimento médico em 29 de setembro, três dias após ter bebido vodca e apresentar sintomas com náuseas, episódios de vômito, dor de cabeça e visão turva;
* Uma mulher de 26 anos, de nome não divulgado, moradora de São Paulo, que está internada em Ipojuca;
* Uma mulher de 33 anos, também de nome não divulgado, que mora em Cedro.
Os outros dois casos ainda não foram notificados à SES. Um deles foi registrado pelo Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, na tarde desta sexta, enquanto o outro foi informado pela Polícia Civil:
* Jonas da Silva Filho, de idade não informada e morador de Lajedo, que morreu na madrugada do dia 29 de agosto, antes de ser transferido para Caruaru;
* Um homem de 33 anos, de nome não divulgado, que mora em Lagoa do Ouro e está internado no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru.
Segundo a Polícia Civil, Jonas da Silva bebeu um uísque possivelmente contaminado em Lajedo e morreu antes de ser encaminhado à unidade de Caruaru, a unidade de saúde que fez as notificações à Secretaria Estadual de Saúde e ao Ministério da Saúde.
Além disso, o caso de um homem de 30 anos, de nome não divulgado, que mora em Gravatá, chegou a ser investigado, mas foi descartado após exames laboratoriais.
A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) ampliou o processo de fiscalização e notificação em todo o estado. A ação conjunta conta com a participação de órgãos como o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), o Ministério Público e o Ministério da Agricultura.
Já a SES reuniu representantes técnicos das áreas de Vigilância em Saúde, Atenção à Saúde, Regulação de Leitos e Vigilância Sanitária para acompanhar as notificações e a elaboração de medidas de controle.
Além disso, vai atuar na rede de saúde para o manejo clínico dos pacientes com perfil de sintomas da intoxicação. Entre as orientações aos consumidores, a Apevisa informou que é necessário:
* comprar bebidas alcoólicas em estabelecimentos licenciados pela Vigilância Sanitária;
* observar se o lacre da garrafa está intacto;
* conferir se o rótulo apresenta fabricante, teor alcoólico, composição, datas de fabricação e validade;
* procurar o registro de 13 dígitos do Ministério da Agricultura, exigido para todos os produtos alcoólicos.
Para comerciantes, a recomendação é redobrar o cuidado na escolha de fornecedores. Preços muito abaixo do mercado podem ser indício de adulteração.
Em caso de dúvidas, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox-PE) funciona 24 horas através do número 0800 722 6001. Denúncias também podem ser feitas à Ouvidoria da SES, pelo número 136; ao Procon no número 0800 282 1512; e à Delegacia de Crimes contra o Consumidor, pelo telefone (81) 3184-3835.
Por g1 Pernambuco
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