05 agosto 2025

Prisão domiciliar de Bolsonaro: nas redes, 53% são a favor e 47% contra, diz Quaest

Flávio Bolsonaro postou imagem do pai, de casa, falando ao telefone com ele no ato em Copacabana — Foto: Reprodução/Instagram

Percentuais indicam divisão com leve maioria das postagens favoráveis à prisão domiciliar do ex-presidente, segundo a consultoria. Repercussão foi menor que a da operação da Polícia Federal em julho, quando Bolsonaro colocou a tornozeleira eletrônica.

Por Nayara Felizardo, g1 — São Paulo

Segundo a Quaest, há uma divisão, com leve maioria favorável à prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% das postagens apoiavam a medida, e 47% eram contrárias.

De acordo com a Quaest, a repercussão foi marcada por forte polarização, com discursos de comemoração por parte de críticos do ex-presidente, e alegações de abuso de poder e perseguição política por parte de apoiadores.

O instituto analisou cerca de 1,2 milhão de menções sobre Bolsonaro e o decreto de prisão domiciliar desde o anúncio da decisão de Alexandre de Moraes, por volta das 18h, até as 21h.

O debate, segundo a Quaest, se intensificou rapidamente, revelando um alto grau de mobilização e engajamento nas redes, com 51 mil menções por hora, acima do anúncio das sanções previstas na Lei Magnitsky a Moraes (31 mil) e abaixo da operação da Polícia Federal em julho, quando Bolsonaro colocou a tornozeleira eletrônica (72 mil).

Por que Bolsonaro foi colocado em prisão domiciliar?

Além de determinar a prisão domiciliar, Moraes proibiu visitas a Bolsonaro e mandou apreender celulares na casa do ex-presidente.

Segundo o ministro, as medidas se justificam porque o ex-presidente, mesmo proibido, utilizou redes sociais de aliados – incluindo seus três filhos parlamentares – para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

Moraes cita como exemplo uma postagem feita no domingo (3) na conta do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), com um vídeo do ex-presidente mandando uma mensagem a apoiadores em manifestação no Rio de Janeiro. A publicação foi apagada horas depois.

Moraes havia proibido Bolsonaro de usar as redes sociais, inclusive por meio de terceiros, em 18 de julho. Foi naquela ocasião que o ministro também determinou que o ex-presidente usasse tornozeleira eletrônica.

Poucos dias após a imposição dessas medidas, Bolsonaro foi a um ato político e apareceu em vídeo exibindo a tornozeleira. Na época, Moraes alertou os advogados de que o uso de redes sociais, mesmo por terceiros, violaria as cautelares.

“Caso haja nova desobediência, a prisão será decretada”, escreveu o ministro — o que acabou ocorrendo nesta segunda-feira.

Por Nayara Felizardo, g1 — São Paulo

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