Jair Bolsonaro conversa com advogado diante de Alexandre de Moraes em interrogatório de ação penal sobre trama golpista, no STF — Foto: Gustavo Moreno/STF
Por Rafaela Zem, g1
A opinião pública brasileira segue dividida quanto ao destino do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo nova pesquisa do Datafolha, 48% dos entrevistados defendem que ele seja preso por sua suposta participação na tentativa de golpe após as eleições de 2022. Outros 46% são contra a prisão, e 6% não souberam opinar.
Apesar dessa divisão, a expectativa da maioria é de que Bolsonaro escapará da cadeia: 51% acreditam que ele não será condenado, enquanto 40% acham que ele será preso.
O levantamento foi realizado nos dias 29 e 30 de julho, em um contexto marcado por atritos entre Brasil e Estados Unidos.
O presidente americano, Donald Trump, tem endossado a tese de que Bolsonaro é vítima de perseguição, e tem utilizado esse argumento para justificar tarifas mais altas sobre produtos brasileiros.
A movimentação de Trump é apoiada por Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, que se mudou para os EUA para atuar na campanha por anistia ao pai.
Oscilação desde abril
Em relação à pesquisa anterior, feita em abril, houve uma leve mudança dentro da margem de erro.
Naquela ocasião, 52% eram favoráveis à prisão, enquanto 42% se posicionavam contra. Agora, os dois grupos estão praticamente empatados, indicando uma inversão momentânea de humor.
A expectativa sobre o desfecho do julgamento segue estável. Em abril, 52% achavam que Bolsonaro escaparia da prisão; agora são 51%, enquanto os que previam condenação eram 41%, e agora são 40%.
O apoio à prisão de Bolsonaro é mais forte entre:
* Pessoas com renda de até dois salários mínimos;
* Moradores do Nordeste;
* Eleitores identificados com o PT.
Já a rejeição à condenação é mais comum entre:
* Evangélicos;
* Pessoas da classe média mais baixa;
*Eleitores bolsonaristas.
Apesar dessa divisão, a expectativa da maioria é de que Bolsonaro escapará da cadeia: 51% acreditam que ele não será condenado, enquanto 40% acham que ele será preso.
O levantamento foi realizado nos dias 29 e 30 de julho, em um contexto marcado por atritos entre Brasil e Estados Unidos.
O presidente americano, Donald Trump, tem endossado a tese de que Bolsonaro é vítima de perseguição, e tem utilizado esse argumento para justificar tarifas mais altas sobre produtos brasileiros.
A movimentação de Trump é apoiada por Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, que se mudou para os EUA para atuar na campanha por anistia ao pai.
Oscilação desde abril
Em relação à pesquisa anterior, feita em abril, houve uma leve mudança dentro da margem de erro.
Naquela ocasião, 52% eram favoráveis à prisão, enquanto 42% se posicionavam contra. Agora, os dois grupos estão praticamente empatados, indicando uma inversão momentânea de humor.
A expectativa sobre o desfecho do julgamento segue estável. Em abril, 52% achavam que Bolsonaro escaparia da prisão; agora são 51%, enquanto os que previam condenação eram 41%, e agora são 40%.
O apoio à prisão de Bolsonaro é mais forte entre:
* Pessoas com renda de até dois salários mínimos;
* Moradores do Nordeste;
* Eleitores identificados com o PT.
Já a rejeição à condenação é mais comum entre:
* Evangélicos;
* Moradores da região Sul;
* Pessoas da classe média mais baixa;
*Eleitores bolsonaristas.
Bolsonaro será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de ter articulado uma tentativa de permanecer no poder após perder as eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A denúncia da Procuradoria-Geral da República afirma que a trama envolveu políticos e militares, culminando nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O ex-presidente nega todas as acusações. Se for condenado, poderá pegar entre 12 e 43 anos de prisão, conforme prevê a denúncia.
O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, também passou a ser alvo da retórica de Trump.
Moraes teve o visto americano revogado e passou a ser enquadrado por uma lei dos EUA que congela bens de estrangeiros acusados de violar direitos humanos — medida que deve ser contestada por ter sido originalmente desenhada para casos extremos, como o de ditadores.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República afirma que a trama envolveu políticos e militares, culminando nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O ex-presidente nega todas as acusações. Se for condenado, poderá pegar entre 12 e 43 anos de prisão, conforme prevê a denúncia.
O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, também passou a ser alvo da retórica de Trump.
Moraes teve o visto americano revogado e passou a ser enquadrado por uma lei dos EUA que congela bens de estrangeiros acusados de violar direitos humanos — medida que deve ser contestada por ter sido originalmente desenhada para casos extremos, como o de ditadores.
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