
Editorial (Site PA4)
Nesta segunda-feira, 28 de julho, o município de Paulo Afonso, localizado no norte da Bahia, celebra 67 anos de emancipação política. Marcada pela força das águas do Rio São Francisco e pelo protagonismo energético do país, a cidade tem uma trajetória de conquistas e um povo resiliente que continua a acreditar no seu potencial transformador.
Desde sua criação, em 1958, quando foi desmembrada do município de Glória, Paulo Afonso cresceu impulsionada pelo Complexo Hidrelétrico da Chesf — que por décadas foi o motor de desenvolvimento e empregabilidade da região. Com o passar do tempo, no entanto, a realidade mudou: a Chesf já não emprega como antes, e muitos filhos da terra são obrigados a buscar oportunidades em outras cidades e estados, no famoso “trecho”, como é chamado o caminho da migração por emprego.
Neste novo ciclo, o município precisa olhar para outras potencialidades que foram deixadas de lado. Um dos principais desafios da gestão atual é retomar o protagonismo de Paulo Afonso como destino turístico regional, explorando com mais estrutura, divulgação e investimentos suas riquezas naturais e culturais. Entre elas, a imponente Cachoeira de Paulo Afonso, os cânions do Rio São Francisco, a histórica Casa de Maria Bonita, a Reserva do Raso da Catarina, a Serra do Umbuzeiro, o Parque Belvedere, e muito mais.
Além do turismo, outra oportunidade estratégica está no agronegócio com irrigação, sobretudo pela localização da cidade e a presença das águas do São Francisco. Projetos estruturados de agricultura irrigada podem transformar o sertão em vetor de geração de emprego e renda, fixando o jovem no campo e criando novos empreendimentos.
Outros desafios exigem ação urgente:
A segunda ponte, o combate às baronesas na prainha, a ciclovia na BA-210, a retomada dos voos comerciais, e a melhoria da arborização urbana são reivindicações da população que precisam sair do papel.
A educação, por sua vez, é um dos orgulhos da cidade. Paulo Afonso conta com instituições públicas e privadas de ensino superior que colocam o município no mapa do conhecimento. O curso de Medicina no campus da UNIVASF, o de Engenharia Elétrica no IFBA — que acaba de anunciar também o curso de Ciência da Computação —, o tradicional curso de Direito na UNEB, e os diversos cursos oferecidos pelo UniRios, demonstram a vocação educadora da cidade e o potencial de desenvolvimento por meio da formação acadêmica.
Na cultura, Paulo Afonso é um verdadeiro celeiro de talentos. Músicos, poetas, escritores, artesãos, artistas visuais, atores e criadores resistem com arte, mesmo com pouco apoio por muitos anos. Agora, há esperança de maior valorização e espaço para a cultura com a nova administração, que se comprometeu a abrir caminhos para o reconhecimento e o fortalecimento da identidade cultural pauloafonsina.
Mas o maior clamor da população segue sendo a necessidade de um atendimento digno na área da saúde. Enquanto o tão prometido Hospital Regional Universitário ainda não se concretiza, a população enfrenta dificuldades na rede atual: ausência de especialidades, demora em exames e limitações no atendimento de urgência. Oferecer saúde pública de qualidade é o maior desafio da gestão e também a principal cobrança do povo.
Ao completar 67 anos, Paulo Afonso vive um tempo de reflexão e reinvenção. É preciso honrar o passado glorioso e, ao mesmo tempo, construir um futuro mais justo, inclusivo e promissor. O município tem riquezas naturais, história, cultura e gente trabalhadora — tudo o que precisa para voltar a ocupar o lugar de destaque que já teve na Bahia e no Brasil.
Hoje, mais do que uma comemoração, este aniversário é um convite à ação, ao planejamento e ao cuidado com quem vive e sonha nesta terra.
Parabéns, Paulo Afonso! Que venham dias melhores para todos que te constroem diariamente.
Nesta segunda-feira, 28 de julho, o município de Paulo Afonso, localizado no norte da Bahia, celebra 67 anos de emancipação política. Marcada pela força das águas do Rio São Francisco e pelo protagonismo energético do país, a cidade tem uma trajetória de conquistas e um povo resiliente que continua a acreditar no seu potencial transformador.
Desde sua criação, em 1958, quando foi desmembrada do município de Glória, Paulo Afonso cresceu impulsionada pelo Complexo Hidrelétrico da Chesf — que por décadas foi o motor de desenvolvimento e empregabilidade da região. Com o passar do tempo, no entanto, a realidade mudou: a Chesf já não emprega como antes, e muitos filhos da terra são obrigados a buscar oportunidades em outras cidades e estados, no famoso “trecho”, como é chamado o caminho da migração por emprego.
Neste novo ciclo, o município precisa olhar para outras potencialidades que foram deixadas de lado. Um dos principais desafios da gestão atual é retomar o protagonismo de Paulo Afonso como destino turístico regional, explorando com mais estrutura, divulgação e investimentos suas riquezas naturais e culturais. Entre elas, a imponente Cachoeira de Paulo Afonso, os cânions do Rio São Francisco, a histórica Casa de Maria Bonita, a Reserva do Raso da Catarina, a Serra do Umbuzeiro, o Parque Belvedere, e muito mais.
Além do turismo, outra oportunidade estratégica está no agronegócio com irrigação, sobretudo pela localização da cidade e a presença das águas do São Francisco. Projetos estruturados de agricultura irrigada podem transformar o sertão em vetor de geração de emprego e renda, fixando o jovem no campo e criando novos empreendimentos.
Outros desafios exigem ação urgente:
A segunda ponte, o combate às baronesas na prainha, a ciclovia na BA-210, a retomada dos voos comerciais, e a melhoria da arborização urbana são reivindicações da população que precisam sair do papel.
A educação, por sua vez, é um dos orgulhos da cidade. Paulo Afonso conta com instituições públicas e privadas de ensino superior que colocam o município no mapa do conhecimento. O curso de Medicina no campus da UNIVASF, o de Engenharia Elétrica no IFBA — que acaba de anunciar também o curso de Ciência da Computação —, o tradicional curso de Direito na UNEB, e os diversos cursos oferecidos pelo UniRios, demonstram a vocação educadora da cidade e o potencial de desenvolvimento por meio da formação acadêmica.
Na cultura, Paulo Afonso é um verdadeiro celeiro de talentos. Músicos, poetas, escritores, artesãos, artistas visuais, atores e criadores resistem com arte, mesmo com pouco apoio por muitos anos. Agora, há esperança de maior valorização e espaço para a cultura com a nova administração, que se comprometeu a abrir caminhos para o reconhecimento e o fortalecimento da identidade cultural pauloafonsina.
Mas o maior clamor da população segue sendo a necessidade de um atendimento digno na área da saúde. Enquanto o tão prometido Hospital Regional Universitário ainda não se concretiza, a população enfrenta dificuldades na rede atual: ausência de especialidades, demora em exames e limitações no atendimento de urgência. Oferecer saúde pública de qualidade é o maior desafio da gestão e também a principal cobrança do povo.
Ao completar 67 anos, Paulo Afonso vive um tempo de reflexão e reinvenção. É preciso honrar o passado glorioso e, ao mesmo tempo, construir um futuro mais justo, inclusivo e promissor. O município tem riquezas naturais, história, cultura e gente trabalhadora — tudo o que precisa para voltar a ocupar o lugar de destaque que já teve na Bahia e no Brasil.
Hoje, mais do que uma comemoração, este aniversário é um convite à ação, ao planejamento e ao cuidado com quem vive e sonha nesta terra.
Parabéns, Paulo Afonso! Que venham dias melhores para todos que te constroem diariamente.
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