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País deixou o Mapa da Fome — Foto: Márcia Foletto
Por O Globo — Brasília
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) anunciou nesta segunda-feira que o Brasil deixou o chamado Mapa da Fome, publicação feita para entidade, após trÊs anos. O resultado reflete a média trienal 2022/2023/2024, que colocou o país abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente.
O país havia voltado a figurar no Mapa da Fome no triênio de 2019 a 2021, após ter saído pela primeira vez dessa estatística em 2014.
Tirar o Brasil do Mapa da Fome foi uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo governo comemorou o resultado.
"A saída do Brasil do Mapa da Fome é resultado de decisões políticas do governo brasileiro que priorizaram a redução da pobreza, o estímulo à geração de emprego e renda, o apoio à agricultura familiar, o fortalecimento da alimentação escolar e o acesso à alimentação saudável", disse, em nota, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
O que é o Mapa da Fome?
O Mapa da Fome é um indicador global da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura que identifica países onde mais de 2,5% da população sofre de subalimentação grave (insegurança alimentar crônica).
Estar no Mapa da Fome significa que uma parcela significativa da população não tem acesso regular a alimentos suficientes para uma vida saudável.
A FAO adota alguns indicadores para monitorar a situação alimentar nos países no âmbito da Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS):
O indicador Prevalência de Subnutrição (Prevalence of undernourishment – PoU) é o utilizado na construção do Mapa da Fome. Esse indicador identifica, em cada país, o percentual da população em risco de subnutrição, isto é, que não tem acesso regular a alimentos em quantidade suficiente para uma vida saudável. Se esse percentual ficar acima de 2,5% da população, isso significa que o país está no Mapa da Fome.
Como é feito o cálculo para decidir se um país está ou não no Mapa da Fome?
O PoU é calculado a partir de três variáveis:
Quantidade de alimentos disponíveis no país, considerando produção interna, importação e exportação;
O consumo de alimentos pela população, considerando as diferenças de capacidade de aquisição (a renda);
E a quantidade adequada de calorias/dia, definida para um “indivíduo médio” representativo da população.
Estimada a quantidade total de alimentos disponíveis no país, calcula-se como ela se distribuiria entre a população, considerando que essa distribuição não é igualitária, mas varia de acordo com a renda que os indivíduos têm para adquirir alimentos (os mais pobres, por exemplo, têm menor capacidade aquisitiva).
Por fim, calcula-se, dada essa distribuição, o percentual da população que não teria acesso a alimentos em quantidade suficientes (kcal/dias) para uma vida saudável.
Se esse percentual ficar acima de 2,5%, o país está no Mapa da Fome. Se ficar abaixo disso, está no Mapa.
O Relatório da FAO divulga esse indicador sempre na forma de médias trienais (três anos). No caso do Brasil, a média 2022/2023/2024 do PoU ficou abaixo de 2,5%. Por isso, o Brasil agora em 2025 saiu do Mapa da Fome.
A FAO publica relatórios anuais, mas a classificação no Mapa da Fome é baseada em médias móveis de três anos para evitar distorções por eventos pontuais (como crises econômicas ou climáticas).
A cada nova edição do Relatório da FAO, os números do ano anterior podem ser revisados, em função da disponibilidade de dados mais atuais.
Quais são os dados do Brasil?
De acordo com o relatório, o Brasil tem:
Prevalência de Subnutrição menor que 2,5%. Há 20 anos, esse número era de 5,7%. Hoje, na América Latina, a taxa é de 5,1%, contra uma média mundial de 8,2%.
Prevalência de insegurança alimentar grave: 3,4%. Isso se refere uma incerteza sobre a capacidade de uma família de ter renda para garantir três refeições por dia.
A insegurança alimentar moderada ainda atinge 13,5% dos brasileiros.
Como os dados do Brasil melhoraram?
O relatório da FAO aponta que o percentual de pessoas que passaram fome ficou em 3,4% no triênio encerrado em 2021 e subiu a 4,2% no período até 2022.
Depois disso, em 2023, o indicador já havia tido uma leve melhora, caindo a 3,9%. Ainda assim, o dado significa que 8,4 milhões de pessoas passaram fome no Brasil no período. Agora, o percentual ficou abaixo de 2,5%.
Por O Globo — Brasília
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) anunciou nesta segunda-feira que o Brasil deixou o chamado Mapa da Fome, publicação feita para entidade, após trÊs anos. O resultado reflete a média trienal 2022/2023/2024, que colocou o país abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente.
O país havia voltado a figurar no Mapa da Fome no triênio de 2019 a 2021, após ter saído pela primeira vez dessa estatística em 2014.
Tirar o Brasil do Mapa da Fome foi uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo governo comemorou o resultado.
"A saída do Brasil do Mapa da Fome é resultado de decisões políticas do governo brasileiro que priorizaram a redução da pobreza, o estímulo à geração de emprego e renda, o apoio à agricultura familiar, o fortalecimento da alimentação escolar e o acesso à alimentação saudável", disse, em nota, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
O que é o Mapa da Fome?
O Mapa da Fome é um indicador global da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura que identifica países onde mais de 2,5% da população sofre de subalimentação grave (insegurança alimentar crônica).
Estar no Mapa da Fome significa que uma parcela significativa da população não tem acesso regular a alimentos suficientes para uma vida saudável.
A FAO adota alguns indicadores para monitorar a situação alimentar nos países no âmbito da Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS):
O indicador Prevalência de Subnutrição (Prevalence of undernourishment – PoU) é o utilizado na construção do Mapa da Fome. Esse indicador identifica, em cada país, o percentual da população em risco de subnutrição, isto é, que não tem acesso regular a alimentos em quantidade suficiente para uma vida saudável. Se esse percentual ficar acima de 2,5% da população, isso significa que o país está no Mapa da Fome.
Como é feito o cálculo para decidir se um país está ou não no Mapa da Fome?
O PoU é calculado a partir de três variáveis:
Quantidade de alimentos disponíveis no país, considerando produção interna, importação e exportação;
O consumo de alimentos pela população, considerando as diferenças de capacidade de aquisição (a renda);
E a quantidade adequada de calorias/dia, definida para um “indivíduo médio” representativo da população.
Estimada a quantidade total de alimentos disponíveis no país, calcula-se como ela se distribuiria entre a população, considerando que essa distribuição não é igualitária, mas varia de acordo com a renda que os indivíduos têm para adquirir alimentos (os mais pobres, por exemplo, têm menor capacidade aquisitiva).
Por fim, calcula-se, dada essa distribuição, o percentual da população que não teria acesso a alimentos em quantidade suficientes (kcal/dias) para uma vida saudável.
Se esse percentual ficar acima de 2,5%, o país está no Mapa da Fome. Se ficar abaixo disso, está no Mapa.
O Relatório da FAO divulga esse indicador sempre na forma de médias trienais (três anos). No caso do Brasil, a média 2022/2023/2024 do PoU ficou abaixo de 2,5%. Por isso, o Brasil agora em 2025 saiu do Mapa da Fome.
A FAO publica relatórios anuais, mas a classificação no Mapa da Fome é baseada em médias móveis de três anos para evitar distorções por eventos pontuais (como crises econômicas ou climáticas).
A cada nova edição do Relatório da FAO, os números do ano anterior podem ser revisados, em função da disponibilidade de dados mais atuais.
Quais são os dados do Brasil?
De acordo com o relatório, o Brasil tem:
Prevalência de Subnutrição menor que 2,5%. Há 20 anos, esse número era de 5,7%. Hoje, na América Latina, a taxa é de 5,1%, contra uma média mundial de 8,2%.
Prevalência de insegurança alimentar grave: 3,4%. Isso se refere uma incerteza sobre a capacidade de uma família de ter renda para garantir três refeições por dia.
A insegurança alimentar moderada ainda atinge 13,5% dos brasileiros.
Como os dados do Brasil melhoraram?
O relatório da FAO aponta que o percentual de pessoas que passaram fome ficou em 3,4% no triênio encerrado em 2021 e subiu a 4,2% no período até 2022.
Depois disso, em 2023, o indicador já havia tido uma leve melhora, caindo a 3,9%. Ainda assim, o dado significa que 8,4 milhões de pessoas passaram fome no Brasil no período. Agora, o percentual ficou abaixo de 2,5%.
Por O Globo — Brasília
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